Senhor,
O silêncio deste dia é tão profundo.
Lembra-me o silêncio dos campos, quando o sol abrasa. Lembra-me o silêncio da noite, quando tudo pára.
Quando penso em Jerusalém, consigo ver as portadas das casas fechadas, as ruas desertas. Desapareceram todos os Teus amigos. E pressinto a pergunta que deve ter sido feita no interior do coração de tantos – «o que resta, quando a morte tudo parece levar?»...
Sábado Santo é um dia de silêncio e de espera. E hoje, quero permanecer assim.
Porque sei como pode ser rico o silêncio, como pode ser gratificante a espera…
Os Teus amigos desconheciam o dia seguinte. Mas nós sabemos que depois da escuridão da noite amanheceu um novo dia, que depois do silêncio da morte, uma brisa agitou folhas e uma inquietação apressou passos e esboçou sorrisos…
Nesta manhã de Sábado Santo, esperamos por Ti, conscientes da Tua presença, felizes pela esperança que inunda os nossos corações.
Isabel Figueiredo
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