Nesse fim de tarde, eu ia tão apressada que nem via as pessoas que caminhavam a meu lado.
Foi quando me cruzei com uma senhora curvada pelo peso de dois sacos.
Percebi logo que devia ajudar.
Mas impuseram-se a minha rotina e o meu comodismo.
Tentei arranjar uma razão. Não quero chegar atrasada.
E retomei o meu passo apressado. Caminhei naquela cegueira que me impedia um gesto fraterno, um gesto de Amor.
Senhor Jesus, nesta Quaresma quase a chegar ao fim, acredito que, por Tua graça, nada será em vão.
Nem os propósitos, nem os gestos que ficaram por fazer.
Nem esta desatenção.
Por Tua graça, sustem estes meus passos apressados, fugidios.
Por Tua graça, impele-me para gestos semelhantes aos Teus.
Gestos de Amor, que hão-de afirmar a Vida sempre ressurgida.
Maria Teresa Frazão
Nenhum comentário:
Postar um comentário