Ó Deus, que me dás a graça de apreciar um novo amanhecer, que eu o faça contigo, Senhor. Acompanha-me e deixa-me apoiar em ti, para não desfalecer nos caminhos deste dia. Sou um frágil e pobre esteio, Senhor, mas lembro-te, mais uma vez, que te ofereço este lugar que sou, para que não mais se diga que “não tens onde reclinar a cabeça”. Penso nas palavras do profeta Isaías, que a liturgia hoje medita: “O Senhor deu-me a graça de falar como um discípulo, para que eu saiba dizer uma palavra de alento aos que andam abatidos. Todas as manhãs Ele desperta os meus ouvidos, para eu escutar, como escutam os discípulos”.
Que os meus olhos se abram, Senhor, neste dia, para ver aquele que anda abatido; que a minha boca se abra, Senhor, neste dia, para que saiba dizer uma palavra de alento; que os meus ouvidos se abram, Senhor, neste dia, para escutar: os meus silêncios, os meus ruídos, os meus pensamentos, as minhas palavras, mas, sobretudo, para te escutar a Ti, quiçá na brisa suave ou no trovão ou na nuvem ou na angústia ou na alegria…Desperta os meus ouvidos, Senhor.
Bom dia!
Isabel Varanda
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