Ao relatar o encontro de Jesus Ressuscitado com os companheiro de Emaus, o Evangelho conta-nos que eles não O identificaram, pois os seus olhos «estavam impedidos de O reconhecerem» (Lc. 24, 13-35).
Já quase no final do encontro, durante a refeição, «abriram-se-lhes os olhos», ao calor e à luz da Palavra do Senhor e da «fracção do pão». A Palavra de Deus e o sacramento da Eucaristia devem constituir a fonte da nossa alegria e a cura das cataratas da nossa alma.
A Páscoa abre-nos os olhos pois não há só guerras e injustiças no mundo, mas estamos rodeados de muita(s) beleza(s), de muitos modelos de santidade, de muitas flores à margem do caminho. Jesus ressuscitado interpela a tristeza e a cegueira dos que não O reconhecem ao lado dos que sofrem mostrando-lhes o sentido da cruz de Jesus está muito próximo dos desanimados.
Para termos sempre Deus diante dos olhos, temos que viver, permanentemente, em atitude de oração. Rezando, acreditaremos que Ele caminha connosco, mesmo que disfarçado ou escondido por detrás quilo que nos faz sofrer.
Está vivo Aquele que deu a vida! Está vivo e não perde a alegria, quem d'Ele - que é o Mestre - aprende a saber sofrer, mesmo sem chegar a entender o mistério da dor. Dizemos, com os amigos de Emaús: «Fica connosco!» Ele ficou. Ficou na Palavra, na Eucaristia, na comunhão entre si dos que se reúnem em seu nome. «Fica connosco!» Faz-nos acreditar que estás connosco. Dá-nos entusiasmo, faz de nós cristãos convictos, abre-nos os olhos da fé! Para que irradiemos, festivamente, alegria pascal.
Pe. Senra Coelho
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