Ensina-nos, Senhor Jesus, a dizer-Te ressuscitado.
A dizer que os Teus passos não se cansam de caminhar connosco.
Tu que experimentaste a nossa condição humana, sabes bem como as noites nos habitam e possuem.
Sabes o que é estar só numa casa ou numa rua inóspita.
Sabes o que é estar doente numa cama de hospital, num quarto solitário.
Sabes tão bem
sabes bem melhor do que nós.
Como é que havemos de afirmar que estás connosco?
Nesta manhã sobre a rua, abro a janela. Um outro dia.
Que mãos se vão estender?
Que silêncios vão ferir? Que palavras? Que ausências?
O que fazer, Senhor, se não entregar-Te estas dúvidas, estas perguntas, assim desamparadas?
Pela Tua misericórdia ensina-nos os gestos,
as palavras,
os silêncios, que hão-de dizer que estás sempre connosco,
Senhor Ressuscitado.
Maria Teresa Frazão
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