«Se vós fazendo o bem, suportais o sofrimento com paciência,
isto é uma graça aos olhos de Deus.»
Li e reli esta frase da 1ª Carta de S. Pedro
à procura do seu sentido para a minha vida.
Porque recuso a imagem de um cristianismo
marcado pela resignação à dor e ao sofrimento,
procurei ir mais longe no seu significado.
Sendo certo que é inerente a este caminho
que aqui fazemos e a que chamamos vida,
ou nos revoltamos ou aceitamos com “paciência”.
A graça de que me fala S. Pedro
é essa reviravolta que acontece no meu coração
que me faz viver os momentos mais duros da vida,
com o olhar fixado na aurora da ressurreição
só possível através da Cruz redentora de Jesus.
E então percebo que a cruz não é nem meta, nem fim,
mas promessa certa de uma plenitude de felicidade verdadeira.
Aceitar as circunstâncias concretas que a vida me traz,
com uma certeza assim, é antecipar para o instante presente
esse antegosto de vida nova, não como um convencimento,
mas como uma alegria que se experimenta, já e agora.
Rui Corrêa d’Oliveira
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