É pelas crianças esta prece.
Ansiosamente esperadas,
elas proclamam a Esperança e o mistério.
As roupinhas são amorosamente tecidas noite dentro.
Vão crescendo
E desvenda-se a vida.
Nunca ninguém lhes falou de sofrimento e inesperadamente, ele bate sempre à porta.
Falo das crianças que transportam medos.
Das que ficam na rua desde que os pais saem até que voltam tarde.
Das que tomam conta de tudo - dos irmãos, dos avós e até dos pais.
Vivem assim num corredor escuro sem vislumbrar uma réstea de luz.
Falo das crianças de todo o mundo.
Do meu país.
Do meu bairro.
Da minha rua.
Vejo-as mendigar pelas esquinas.
Às vezes vasculham nos contentores pequenos nadas de que sobrevivem.
Onde as malhas de ternura e alegria?
Lembro as Tuas palavras, Senhor.
«Felizes os que têm fome e sede de justiça.
Felizes os misericordiosos.
Felizes os puros de coração,
porque verão a Deus.»
Maria Teresa Frazão
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