domingo, 12 de junho de 2011

Oração 9 de Junho

Sabedoria da palavra e do silêncio

Manda a boa educação, a diplomacia, a prudência, a sabedoria e também o calculismo e a manipulação que se guarde silêncio. Não fales, “o peixe morre pela boca”, vem o adágio popular a acompanhar.
O silêncio é regra de ouro. Mas será sempre? Não nos faltará distinguir o silêncio que é respeito, humildade, sintonia, prudência, coragem e audácia do silêncio de morte, cobarde, calculista, opressor e comprometido? Se é verdade que, como diz Confúcio, “o silêncio é um amigo que nunca trai” ou, segundo Mahatma Gandhi, “o homem arruína mais as coisas com as palavras do que com o silêncio”, também é verdade que, lembra-nos Martin Luther King, “as nossas vidas começam a terminar no dia em que permanecemos em silêncio sobre as coisas que importam”.
Por isso, neste dia, dá-me Senhor Deus a Sabedoria da palavra e do silêncio; que, de modo algum, eu me cale sobre as coisas que importam. E se, porventura, não surgir a oportunidade de falar, que eu continue, no entanto, interiormente habitada pela palavra ainda não dita, e que, humilde e corajosamente, a sustente e a alimente dentro de mim, para que não morra entregue à resignação, à fraqueza, à demissão e ao temor.
Bom dia.

Isabel Varanda

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