quarta-feira, 15 de junho de 2011

Oração 14 de Junho

Ídolos de pés de barro

Não permitas Senhor
que sejamos levados ao engano por deuses menores
que nos enchem de promessas
e nos respondem com vazio e desilusão.
Não deixes que nos iludamos com ídolos
de pés de barro, coração envenenado e cabeça oca.
Faz-nos ver que nascemos para subir mais alto,
próximos do infinito que sempre por nós chama
e nunca deixa de nos responder.
Tudo isto se passa no tempo que vivemos,
no lugar que habitamos,
nos sonhos que nos cingem
nas alegrias e tristezas que nos visitam.
A quem iremos, Senhor?
A quem iremos?
Não permitas que nos enganemos a nós próprios
quando bem sabemos que Tu, só Tu, tens palavras de vida eterna.


Pe. António Rego

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Oração 13 de Junho

A Igreja celebra hoje a tradicional festa de Santo de António. Hoje, para crentes e não crentes, a vida deste homem é motivo de alegria e de júbilo. Talvez sejam já só um pequeno número de pessoas conheçam os traços mais importantes da vida, da personalidade e das palavras deste homem.

Alguns habituaram-se simplesmente a conhecê-lo através de pequenas orações, entre elas a oração linda para nunca nos falte o pão: «Santo António, amigo dos pobres, peço-te a graça de nunca faltar pão e alimento em nossa mesa. Prometo olhar sempre para os mais necessitados, repartindo com eles o pão que nos mandares, através do trabalho honesto. E, simultaneamente, ajuda-nos a buscar sempre o Pão vivo que desceu do céu, que é Jesus na Eucaristia.» Que assim seja.


Ir. Luísa Almendra

Oração 12 de Junho

Domingo de Pentecostes

Hoje é Domingo de Pentecostes. Depois da Páscoa e do Natal esta é a maior festa da Igreja.
Nesta Solenidade celebramos o aniversário da Igreja, que teve o seu inicio naquela assembleia de oração constituída pelos Apóstolos, «em companhia de algumas mulheres, entre as quais Maria, mãe de Jesus» (Act 1, 14). Estava lá o núcleo da Igreja. Esta começou por ser uma igreja doméstica, e foi-se transformando em «ecuménica», isto é, enviada a todos os povos da terra.
O único e mesmo Espírito inspira e robustece, com a diversidade dos seus dons, cada membro da assembleia dos crentes, e é Ele que leva os que O recebem a formarem um só corpo (1 Cor 12,12).
A Igreja necessita do Espírito que actua em cada um, para se renovar.
“Não pode existir Igreja sem Espírito Santo”.
Envia Senhor o Teu Espírito sobre nós, tua Igreja e faz de cada um de nós instrumentos da tua Salvação, para que se opere a Nova Evangelização já começada.
Faz-nos fiéis instrumentos do Teu Amor, Senhor!

Padre Senra Coelho

domingo, 12 de junho de 2011

Vigília de Pentecostes

Seguindo o desafio dos animadores, alguns granulados marcaram presença na Vigília de Pentecostes de onde saímos com um maior apelo e desejo em receber o Espírito Santo.

Do guião da cerimónia:
« A santidade, a plenitude da vida cristã não consiste em realizar empreendimentos extraordinários, mas em unir-se a Cristo, em viver os seus mistérios, em fazer nossas as suas atitudes, pensamentos e comportamentos. A medida da santidade é dada pela estatura que Cristo alcança em nós, desde quando, com a força do Espírito Santo, modelamos toda a nossa vida sobre a sua. (...) Gostaria de convidar todos a abrir-se à acção do Espírito Santo, que transforma a nossa vida, para sermos também nós como peças do grande mosaico de santidade que Deus vai criando na história, para que o rosto de Cristo resplandeça na plenitude do seu esplendor. Não tenhamos medo de tender para o alto, para as alturas de Deus; não tenhamos medo que Deus nos peça demasiado, mas deixemo-nos guiar em todas as acções quotidianas pela sua Palavra, mesmo se nos sentimos pobres, inadequados, pecadores: será Ele que nos transforma segundo o seu amor. »
Papa Bento XVI, Audiência geral de 13 de Abril de 2011

Oração 11 de Junho

Reunidos pela descoberta da oração

O linóleo foi enrolado e retirado. As janelas abertas, deixavam ouvir o som da rua. As paredes nuas pareciam surpreendidas com os movimentos que arrastavam cadeiras, bancos e sofás.
O espaço transformou-se, encheu-se de luz e o estúdio de dança tornou-se numa sala de amigos.
Naquele fim de tarde, em que estivemos reunidos pela descoberta da oração, feita palavra, Tu estiveste presente.

Neste dia que agora começa, eu Te peço por todos os que Te procuram quando escrevem, quando desenham, quando declamam poesia; eu Te peço, por todos os que Te encontram quando dançam, quando tocam, quando moldam o barro e a pedra.

Na certeza da Tua presença, eu Te peço Senhor, por todos nós, que Te procuramos e Te encontramos em quem está ao nosso lado.


Isabel Figueiredo

Oração 10 de Junho

«Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos» Mt 28, 20

«Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos».
Estas são as palavras de Jesus na conclusão do Evangelho de S. Mateus.

Não pode ser um mero acaso, uma feliz coincidência,
nem uma citação adequada para rematar o seu Evangelho.

«Eu estou», é bem diferente de um «Eu estarei».
«Sempre», e não apenas nas aflições e tormentas.
«Até ao fim dos tempos», isto é, até ao último instante
da vida do último homem que assim porá fim à História.

E eu não posso negar as evidências desta Presença.
Cristo manifesta-Se, ontem como hoje, tornando possível o impossível:
- faz ver os cegos e andar os paralíticos;
- transforma, descrentes e perseguidores, em testemunhas até ao martírio;
- devolve a esperança a desesperados e dá sentido a vidas vazias e sem rumo.

Não sei qual será o maior sinal, mas o que mais me comove
é a novidade, minha contemporânea, da Sua proposta de vida
que permanece na voz da Igreja, dois mil anos depois,
contra todas as previsões, apesar de todos os ataques e perseguições.

Não sei com nem porquê, nela nasci, a ela pertenço e nela quero morrer,
porque acredito verdadeiramente que o Senhor está sempre comigo.

Oração 10 de Junho

«Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos» Mt 28, 20

«Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos».
Estas são as palavras de Jesus na conclusão do Evangelho de S. Mateus.

Não pode ser um mero acaso, uma feliz coincidência,
nem uma citação adequada para rematar o seu Evangelho.

«Eu estou», é bem diferente de um «Eu estarei».
«Sempre», e não apenas nas aflições e tormentas.
«Até ao fim dos tempos», isto é, até ao último instante
da vida do último homem que assim porá fim à História.

E eu não posso negar as evidências desta Presença.
Cristo manifesta-Se, ontem como hoje, tornando possível o impossível:
- faz ver os cegos e andar os paralíticos;
- transforma, descrentes e perseguidores, em testemunhas até ao martírio;
- devolve a esperança a desesperados e dá sentido a vidas vazias e sem rumo.

Não sei qual será o maior sinal, mas o que mais me comove
é a novidade, minha contemporânea, da Sua proposta de vida
que permanece na voz da Igreja, dois mil anos depois,
contra todas as previsões, apesar de todos os ataques e perseguições.

Não sei com nem porquê, nela nasci, a ela pertenço e nela quero morrer,
porque acredito verdadeiramente que o Senhor está sempre comigo.

Oração 9 de Junho

Sabedoria da palavra e do silêncio

Manda a boa educação, a diplomacia, a prudência, a sabedoria e também o calculismo e a manipulação que se guarde silêncio. Não fales, “o peixe morre pela boca”, vem o adágio popular a acompanhar.
O silêncio é regra de ouro. Mas será sempre? Não nos faltará distinguir o silêncio que é respeito, humildade, sintonia, prudência, coragem e audácia do silêncio de morte, cobarde, calculista, opressor e comprometido? Se é verdade que, como diz Confúcio, “o silêncio é um amigo que nunca trai” ou, segundo Mahatma Gandhi, “o homem arruína mais as coisas com as palavras do que com o silêncio”, também é verdade que, lembra-nos Martin Luther King, “as nossas vidas começam a terminar no dia em que permanecemos em silêncio sobre as coisas que importam”.
Por isso, neste dia, dá-me Senhor Deus a Sabedoria da palavra e do silêncio; que, de modo algum, eu me cale sobre as coisas que importam. E se, porventura, não surgir a oportunidade de falar, que eu continue, no entanto, interiormente habitada pela palavra ainda não dita, e que, humilde e corajosamente, a sustente e a alimente dentro de mim, para que não morra entregue à resignação, à fraqueza, à demissão e ao temor.
Bom dia.

Isabel Varanda

Oração 8 de Junho

Para nesta incerteza te afirmamos aqui

Neste mês de Junho tão incerto,
entre o calor excessivo e inesperadamente a trovoada e a chuva,
os dias afirmam-se inseguros
entre a esperança e a dúvida
e até nos assustamos com a Tua Ascensão,
que mais parece uma partida e uma ausência.

Bem nos afirmaste que não nos deixarias sós
e que havíamos de receber a força do Espírito.

E no entanto, como meninos que teimam em não querer crescer,
continuamos a olhar para o céu
e adiamos o que nos ordenaste
«sede minhas testemunhas até aos confins da terra».

Ensina-nos, Senhor, a firmeza de Te afirmarmos aqui.

Por Tua graça permite
que este tempo de dúvida
faça de nós gente inteira, gente adulta
que em gestos de amor,
em palavras,
em silêncios,
Te anuncie presente.
Companheiro.

Aqui e em qualquer lugar.
Agora.
Sempre.


Maria Teresa Frazão

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Venda de bugigangas

No passado Domingo, dia 5 de Junho, o GRÃO esteve na Feira de Belém a vender bugigangas para angariar dinheiro para a Jornada Mundial da Juventude, em Madrid. Foi uma experiência engraçada! Obrigada à Teresa Silva e à Junta de Freguesia de Belém por nos proporcionarem esta oportunidade!



















terça-feira, 7 de junho de 2011

Oração 7 de Junho

Quero nesta manhã agradecer-te

“Pai, glorifica o Teu Filho
Para que o Teu Filho Te glorifique”.
E tantas vezes a nossa oração fica pela súplica
pela prece dorida e sem coragem do reconhecimento.
Quero nesta manhã agradecer-te,
Reconhecer enternecido os teus dons
que Te entrego em acto de glorificação.
Quem sou eu?
Que importância me atribuo?
Em boa verdade sei que uma vida inteira
Não chega para te glorificar.
Abre-nos o nosso coração.
à maravilha da gratidão
pelas lista interminável de maravilhas que nos concedes
e que a nossa cegueira interior não nota.
Não permitas que nos fechemos
Nos becos dos nosso interesses.
Pai, glorifica o Teu Filho


Pe. António Rego

Oração 6 de Junho

O centro da nossa existência

Senhor Jesus é em ti que acreditamos. É na força e na coragem de sabermos que é possível agarrar o presente com os seus desafios e exigências que abraçamos cada dia como uma oportunidade nova. Ajuda-nos, por isso, a não remeter para os outros a tarefa do bem, da competência e da integridade.

Ajuda-nos a entender os caminhos que são necessários percorrer para que o nosso mundo, o nosso país, o nosso trabalho e a nossa casa sejam lugares de vida, de procura, de partilha e de festa.
Ajuda-nos Senhor, a sabermos deslocar o centro da nossa existência para o bem comum, a vida e a dignidade de todo o ser humano.

Ajuda-nos, Senhor Jesus, porque é nas palavras que tu que um dia disseste aos teus discípulos que acreditamos: «Aquele que estiver unido a mim dará muito fruto, porque sem mim nada podeis fazer…» (cf. Jo 15,5)


Ir. Luísa Almendra

domingo, 5 de junho de 2011

Oração 5 de Junho

Ascensão do Senhor

Hoje é Domingo e celebramos a Ascensão do Senhor. O Evangelho Jesus diz-nos: «Estou sempre convosco até ao fim do mundo» (Mt 28,20). Como Cristãos o que temos que fazer é descobrir os vestígios, as pegadas de Jesus na nossa vida. É nas situações concretas do quotidiano que podemos experimentar a presença de Deus, feito homem em Jesus Cristo. O Senhor deixou marcas bem impressas no mundo e na nossa existência.
Se não fecharmos os olhos face aos rostos dos homens marcados pelas interrogações, esperanças, cuidados e medos, mas lhe dedicarmos atenção e interesse, descobrirmos o rosto do Senhor que Se quis identificar com os «mais pequeninos».
Um autor desconhecido escreveu: «Cristo não tem mãos, só tem as nossas mãos para fazer o seu trabalho. Não tem pés, apenas os nossos para conduzir as pessoas ao seu caminho. Não tem lábios, são os nossos a falar d’Ele aos homens. Somos nós a Bíblia a ser lida na coerência das nossas vidas. Somos a última mensagem de Deus, escrita em actos e palavras».
Ensina-nos Senhor a colocar os nossos pés nas Tuas pegadas, para contigo percorrermos os caminhos da vida, anunciando a Tua presença ressuscitada entre nós, eternamente Emanuel, Deus connosco.


Pe. Senra Coelho

Oração 4 de Junho

Comunicar

Amanhã a Igreja celebra o Dia Mundial das Comunicações Sociais.
Ao ler a mensagem do Papa para este dia, parei num final de frase: “uma pessoa acaba sempre envolvida naquilo que comunica”.
E percebi a imensidão de verdade contida nestas palavras.
A decisão de comunicar implica uma vontade de ir ao encontro;
o acto de comunicar implica um encontro;
e quando releio, volto a ouvir, vejo de novo, permito que esse encontro recomece, num envolvimento que ultrapassa palavras e partilha vidas.

Na manhã deste dia, eu Te agradeço Senhor, por tudo o que nos comunicas.
E por todos os homens e mulheres que ao longo dos séculos, o têm repetido, num eco de amor e partilha.

Na manhã deste dia, eu Te agradeço Senhor, pela rádio que posso ouvir, pela televisão que posso ver, pelos jornais que posso ler… pela net, os blogues, as redes sociais…
e Te agradeço por todas as vezes em que Te reconheço neste mundo imenso.


Isabel Figueiredo

Oração 3 de Junho

«É esta a vida eterna: que Te conheçam a Ti, único Deus verdadeiro,e aquele que enviaste, Jesus Cristo.» Jo, 17, 3

«... que Te conheçam a Ti, único Deus verdadeiro,
e aquele que enviaste, Jesus Cristo.»
Foi com estas palavras que Jesus definiu a Vida Eterna.

Se me surpreende a simplicidade da definição
daquilo para que fui destinado por dom gratuito de Cristo,
não posso não perguntar:
que faço eu com tamanha graça?

Desde logo agradecer, certo de que jamais o poderei fazer
na medida de quanto me foi dado.

Mas a consequência mais determinante é seguramente
a mudança de vida que ela é capaz de gerar no mais fundo do meu coração
dando um brilho novo a cada gesto meu.

Deixar que esta conversão aconteça,
com tudo quanto ela implica de renúncia e confiança,
esse é o maior dos meus desafios,
porque ilumina os mais íntimos recantos do meu ser
e inquieta-me a cada instante, numa sede sem fim de infinito.

A minha vida ganhou assim um horizonte novo
que não posso nem quero calar.


Rui Corrêa d’Oliveira

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Dia da espiga

Na tradição católica, hoje é o dia da Ascensão de Jesus, que acontece cerca de 40 dias depois da Páscoa e sempre em uma quinta-feira, mas em várias localidades do país, nomeadamente no centro e sul, comemora-se hoje o Dia da Espiga.


Antigamente, o Dia da Espiga marcava o início da época das colheitas, e as pessoas iam para os campos apanhar a espiga de trigo e outras flores silvestres, formando ramos simbólicos da fecundidade da terra e da alegria de viver.

Tradicionalmente, o Ramo da Espiga é constituído por espigas de trigo, ramos de oliveira, folhas de videiras, malmequeres, papoilas e alecrins colhidos no campo.

Cada um destes componentes tem um significado:

- O trigo simboliza o pão, para que nunca falte comida no lar.
- Os ramos de oliveira simbolizam a paz, tal como a pomba da paz que carrega no bico uma folha de oliveira.
- As folhas da videira simbolizam o vinho e a alegria.
- As flores simbolizam a alegria e, depois, cada uma tem um significado conforme sua cor: malmequer é ouro e prata; papoila, amor e vida; alecrim, saúde e força.




O ramo é guardado ao longo de um ano, até ao Dia da Espiga do ano seguinte.

Hoje em dia nas cidades já não se colhe o Ramo da Espiga, mas há quem os venda, fazendo negócio e ajudando a preservar a tradição.

Acredita-se que este costume nasceu de um antigo ritual cristão, que era uma bênção aos primeiros frutos. Como as pessoas viviam da agricultura, era muito importante que o que semeavam crescesse em abundância.

No entanto, por ter tanta ligação com a Natureza, pensa-se que vem bem mais de trás no tempo, talvez de antigas tradições pagãs associadas às festas da deusa Flora que aconteciam por esta altura e às quais se mantém ligada à tradição dos Maios e das Maias (!).

É crença do povo que, no dia sagrado da terra, que a Espiga apanhada seja um louvor à força e à generosidade da natureza de que depende a nossa vida e que proporcione felicidade e abundância no lar.

in http://eporfalar.blogspot.com/2007/05/o-dia-da-espiga.html





“De facto, todos os que se deixam guiar pelo Espírito, esses é que são filhos de Deus.” Rm 8,14



VIGÍLIA DE PENTECOSTES

DIA 11 JUNHO

21H30

SÉ DE LISBOA


INCLUI O COMPROMISSO DO ITINERÁRIO JUVENIL


Mais informações em http://www.juventude.patriarcado-lisboa.pt/





Oração 2 de Junho

Que sejam dores de crescimento….

Quem será hoje o pobre e o rico com quem me cruzo?
Quem será o faminto e o saciado?
Quem será a pedra e o pão?
Quem será a cana e o peixe?
Quem será o triste e o feliz?
Quem será o doente e o saudável?
Quem será o próximo e o longínquo?
Quem será o profeta e a “ave de mau agoiro”?
Quem será a bênção e a maldição?
Quem será o lobo e o irmão?
Quem será a luz e a escuridão?
Quem será a transparência e a nebulosa?
Quem será o cardo e a rosa?
Quem será o silêncio e a palavra?
Quem será a ausência e a presença?
Quem será a fé e a descrença?
Quem serei eu, neste dia?
Ensina-me, Senhor da vida, a serenidade para lidar com a incerteza, com o imponderável, com o imprevisto e com a contradição deste dia. Ensina-me a humanizar as coisas, os tempos, os lugares, os acontecimentos, e a dar graças, mesmo gemendo, pelas dores deste dia. Que sejam dores de crescimento.

Isabel Varanda

Oração 1 de Junho

Pela esperança

É pelas crianças esta prece.

Ansiosamente esperadas,
elas proclamam a Esperança e o mistério.

As roupinhas são amorosamente tecidas noite dentro.

Vão crescendo
E desvenda-se a vida.

Nunca ninguém lhes falou de sofrimento e inesperadamente, ele bate sempre à porta.

Falo das crianças que transportam medos.
Das que ficam na rua desde que os pais saem até que voltam tarde.
Das que tomam conta de tudo - dos irmãos, dos avós e até dos pais.
Vivem assim num corredor escuro sem vislumbrar uma réstea de luz.

Falo das crianças de todo o mundo.
Do meu país.
Do meu bairro.
Da minha rua.

Vejo-as mendigar pelas esquinas.
Às vezes vasculham nos contentores pequenos nadas de que sobrevivem.

Onde as malhas de ternura e alegria?

Lembro as Tuas palavras, Senhor.

«Felizes os que têm fome e sede de justiça.
Felizes os misericordiosos.
Felizes os puros de coração,
porque verão a Deus.»


Maria Teresa Frazão