quinta-feira, 31 de março de 2011

Oração 31 de Março

Parabéns, Rosinha!

A todos e a todas que hoje celebram o seu aniversário natalício, parabéns; que seja um dia feliz.
Este é também o teu dia, Rosinha. Fazes anos. Estás viva e iluminas o dia a dia de tanta gente com o teu sorriso de rosa, com a tua generosidade espontânea, com o teu cuidado permanente; sempre a inventar maneiras de fazer os outros felizes.
Obrigada, Rosinha, por existires; dou graças a Deus por Ele te ter feito crescer no meio de nós. És bela; o teu perfume é único; a tua simplicidade é comovente, a tua fragilidade é uma fortaleza; a tua força é um vento suave, que não deixa ao acaso seja que lugar for, que acontecimento for, que pessoa for. Os animais para ti não têm segredos; as plantas e as culturas, trata-las pelo nome; pegas nas dores dos outros com delicadeza e não abandonas nada nem ninguém à solidão, à tristeza, à carência.
Cada dia para ti é um dia novo, Rosinha: crias, inventas, transformas, alimentas, contemplas e rezas. Sim. A tua vida é uma oração constante. Que Deus te abençoe sempre e que tu continues a irradiar a mesma luz todos os dias da tua vida. A minha palavra, hoje, para ti é: Obrigada, Rosinha. És única e preciosa.
Feliz aniversário.


Isabel Varanda

Casa da Criança

 Na Casa da Criança fazemos cenas malucassssssssssssssssssss.....


E aqui estão duas meninas e as pinturas todas dos meninos...só faltam os aviões até t'apagas!!!

Oração 30 de Março

Louvo os que já te anunciam, Senhor ressuscitado

Esta é uma oração de louvor por todos os que afirmam a Esperança,
por quantos nestes dias cinzentos, prisioneiros da palavra «crise»,
percorrem o caminho de Quaresma
e Te vislumbram em Páscoa, Senhor Ressuscitado.

Assim são também as veredas
de alguns dos Teus santos de carne e osso que conheço bem.
Na tribulação dos dias, alma e corpo esmagados,
brilham como círios, vigília do futuro.

No seu sofrimento,
não desistem de anunciar um tempo novo.

São eles que transformam o nosso gesto distraído
no amor que os alimenta.

Têm já no seu rosto, o Teu rosto, nítido como no véu de Verónica.
Não sabem senão olhar como quem ama.
Sorrir como quem se entrega confiante.

Louvo-Te, pelo dom daqueles que já hoje Te anunciam, Senhor Ressuscitado.


Maria Teresa Frazão

quarta-feira, 30 de março de 2011

terça-feira, 29 de março de 2011

Oração 29 de Março

O Deus de todos os possíveis

Vejo Moisés em pleno deserto
ouvindo os gritos do povo
sentindo como todos o tormento da sede.
E Deus a falar-lhe dum rochedo, entre tantos, capaz de oferecer água.
Moisés acreditou no impossível.
Melhor, acreditou no Deus de todos os possíveis
gerador de todos os milagres,
Senhor de todas as leis,
coração maior que todos os corações.
Dá-me Senhor esta fé no aparente deserto de crises
onde parece que a água da vida não surge de nenhum rochedo.
Dá-nos a esperança de lutar até ao impossível
pela abundância da justiça, solidariedade e razões de viver.
Ajuda-nos a agir para além das certezas e evidências.
Creio em Ti, Senhor.
Senhor dos impossíveis.


Pe. António Rego

segunda-feira, 28 de março de 2011

Oração 28 de Março

Amar a todos como Tu amas

Senhor Jesus, peço-te, neste tempo litúrgico de quaresma, a graça de aprender a amar a todos como Tu amas. Peço-te a graça simples e admirável de aprender a aceitar os caminhos do amor crucificado. Peço-te a graça iluminante do amor que se dá sem exigências, sem imposições ou preceitos.
Senhor Jesus, que olhando-te na cruz eu possa entender o sentido do amor que é puro dom de si; do único amor capaz de surpreender e de nos maravilhar…
Ajuda-me Senhor a saber estar diante deste teu amor crucificado e a deixar que ele revele na minha vida de oração, de relação com os outros e de trabalho, o seu sentido, a sua força e a alegria perfeita que nos espera…


Ir. Luísa Almendra

domingo, 27 de março de 2011

Oração 27 de Março

Água Viva

Celebramos hoje o 3º Domingo da Quaresma. O Evangelho fala-nos do encontro de Jesus com a Samaritana (Jo. 4, 5 -42).
De facto, a água é o bem mais precioso que a terra nos oferece. Parecendo uma coisa tão banal, tão dia-a-dia, tão evidente, deve ser redescoberta, em tempo de Quaresma a fim de verificarmos que afinal «menos é mais»! Quase tudo é dispensável, podemos renunciar a quase todas as coisas, mas a água é algo de vital, imprescindível e, por isso, precioso.
À Samaritana, Jesus, que lhe pedira de beber, fala de uma fonte de água viva que só pode ser dada por Ele. Há sede de água, e existe sede de felicidade e de sentido para a vida. Jesus, no diálogo com aquela mulher, avança do visível para o interior, do que passa para o que fica, da superfície para a profundidade.
Como todos os homens, a Samaritana – com a sua história – tinha sede, ansiava por uma vida verdadeira. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça.
Foi a Samaritana quem anunciou Jesus aos Samaritanos. Quão feliz terá ficado a Samaritana após o encontro com Jesus! Que alegria para ela ter contribuído para abrir caminhos para a felicidade daqueles a quem levou a Boa Notícia da libertação que, nela e por ela, chegou à sua terra!
Senhor, Tu és Água Viva. Necessito de chegar à fonte desse manancial que é o Teu Amor.
Leva-me até ti e ensina-me a testemunhar-te aos irmãos com que a mesma limpidez e gratuidade com que a mesma Água que és Tu, Te dás, amando até ao fim.


Pe. Senra Coelho

sábado, 26 de março de 2011

A Quaresma é OJE


À porta da sala do sénior estava escrito "Atenção: obras em curso". Foi assim que começámos o nosso tema sobre a Quaresma. E é interessante: lemos o texto de José Tolentino Mendonça sobre a Quaresma e a Primavera a a que faz referência a oração de 26 de Março que o Bruno Gago publicou no blog. Coincidência!







Reflectimos sobre a Oração, Jejum e Esmola e saímos com o slogan: Quaresma é OJE!








Santa Quaresma!

Oração 26 de Março

A Primavera
Senhor,
No início da semana, li um texto de José Tolentino de Mendonça e uma das suas frases ficou-me no coração: “A história, atravessada pelo dinamismo do Reino de Deus, não se reduz a um monte de implacáveis cinzas. Estamos, sim, prometidos à Primavera”.
Nestes dias em que somos confrontados com a violência da natureza e com a violência dos homens; nestes dias em que tantos de nós vivem a dureza do desemprego, da falta de futuro, da falta de convicções e de dignidade… Nestes dias, somos confrontados com a Tua Verdade - estamos prometidos à Primavera.
Bem sei que é fácil ficarmos pelas cinzas, pelo sofrimento sem sentido, por vidas sem caminho. Mas também sei que naquela manhã de Domingo, o Teu sepulcro estava vazio. E aí, está a nossa Primavera.


Isabel Figueiredo

Oração 25 de Março

«Como será isto, se eu não conheço homem?» Lc 1, 34

«Como será isto...?»
Quantas vezes, ao longo da minha vida, tenho feito esta pergunta
diante das dificuldades e dos desafios da vida.

Ela traz quase sempre consigo
um sentimento de perplexidade e indignação,
remetendo para Deus a resolução do problema que enfrento
e que me parece injusto para quem se julga digno de melhor sorte.

Perante o convite do Anjo Gabriel,
a Virgem Maria fez esta mesma pergunta
mas com a simplicidade de quem confia totalmente
que do Céu só nos pode vir o bem,
ainda que envolto no disfarce do desconhecido,
que invade o coração de dúvida e insegurança.

Quanto me falta crescer em confiança,
para viver como quem acredita mesmo
que Deus é Pai e que nada me acontece
que seja estranho ou hostil ao meu caminho,
rumo ao destino bom que me espera.

Como tudo se torna mais fácil se me deixar conduzir
com a docilidade de Maria.
O medo e a ansiedade darão lugar à gratidão e ao louvor
e na minha vida haverá menos súplica... e mais Magnificat


Rui Corrêa d’Oliveira

Oração 24 de Março

Como a natureza, de estação em estação

A natureza não é monótona; é dinamismo, movimento, transformação, evolução. E nós com ela. De dia em dia de noite em noite, tempos e espaços, ritmos, sons, cheiros, cores, nascimento, morte; um lugar de enraizamento e um espaço de envolvência.
A natureza tem as suas estações. Fomos nós, os humanos, que, de tanto com ela convivermos, aprendemos a distinguir as diferentes estações: primavera, verão, outono, inverno. Por mais que nos digam que o clima está a mudar, para sempre ficará registado, na biografia do mundo natural, o tempo em que a natureza se expressava em 4 estações, intimamente ligadas, mas cada uma revelando aspectos específicos e únicos.
Também nós, seres humanos, somos primavera, somos verão, somos outono e inverno; por vezes até somos as quatro estações no mesmo dia; por vezes até somos as quatro estações ao mesmo tempo.
Somos este milagre de vida, capaz de se pensar a si mesma e de se descobrir irredutível a qualquer classificação ou tentativa de definição; somos este milagre de transcendência, em que a todo o momento percebemos que somos mais do que aquilo que a biologia e que a química dizem que somos. Milagre de consciência; milagre de sentimento; milagre de relação. Milagre de sentir que sou gente e de saber que ser gente é um milagre.


Isabel Varanda

quarta-feira, 23 de março de 2011

Oração 23 de Março

P'ra ver o sol
a Primavera

Às vezes
parece que nem vejo como o sol invade os dias,
muda a vida.
Queixo-me porque penso muito em mim.
É assim que o meu olhar acinzentado não me deixa ver a Primavera
e não diz que este caminho de Quaresma é tão único e tão essencial.

Lembro, Senhor, as palavras que disseste aos Teus discípulos
«O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir».
Que elas me perturbem
e me desafiem.
Que elas me convertam.
Para que eu seja serva de todos os que cruzam o meu dia.
Serva das tarefas rotineiras.
Servo o meu olhar de qualquer outro olhar.
Serva cada palavra. Cada silêncio.

Ajuda-me, Senhor, a ser serva nesta Quaresma e sempre.
Verei assim o sol
vislumbrarei a Vida.

terça-feira, 22 de março de 2011

Oração 22 de Março

Os nossos medos
Na nossa linguagem,
dizemos, às vezes, que estamos a bater no fundo,
que tudo é desilusão e mentira,
que o nosso mundo não tem remédio,
que os profetas não são ouvidos,
e até parece que desapareceram.
E Tu, Senhor, sorris com os nossos medos
porque a Tua medida de infinito e eternidade
tudo avalia doutra forma.
Vendo com o Teu olhar
até a fraqueza e o mal tomam outra feição,
abrigando-se no ciclo Redentor que nos abriste.
Nunca permitas, Senhor, que olhemos o mundo
sem olhar para Ti
para descobrirmos o Eterno Reflexo do amor
mesmo quando parece que batemos no fundo.

Pe. António Rego

Comunidade de Santo Egídio

PRÓXIMA ACTIVIDADE DO GRÃO: serviço aos pobres com a Comunidade de Santo Egídio. SEGUNDA-FEIRA, 28 de Março, às 20h na Igreja dos Anjos. Ponto de encontro em Belém às 19.30h!

A Comunidade de Sant'Egídio é uma instituição de solidariedade social, sem fins lucrativos, que presta assistência aos mais necessitados: idosos que vivem em situação precária sem qualquer apoio; crianças de bairros sociais; sem‐abrigo (serve o jantar a cerca de cento e cinquenta pessoas) e vive exclusivamente da boa vontade e da ajuda de amigos e de voluntários.

Tem a sua sede na Igreja dos Anjos, em Lisboa, onde todas as Segundas‐Feiras, às 20h00 realiza um tempo de oração ao qual se segue um tempo de serviço. Também tu podes participar!

A Comunidade de Sant'Egidio nasceu em Roma em 1968, por iniciativa de um jovem que então não tinha ainda vinte anos, Andrea Riccardi. Ele começou por reunir um grupo de estudantes de liceu (ele mesmo era um deles) para escutarem e porem em prática o Evangelho. A primeira comunidade cristã e Francisco de Assis foram os dois primeiros pontos de referência.

O pequeno grupo iniciou logo visitando os arredores de Roma, as casas de lata que naqueles anos rodeavam Roma e onde moravam muitos pobres, começando um apoio escolar à tarde (a "Escola popular", hoje "Escola da paz" em muitas partes do mundo) para as crianças.

Como se lê no capitulo 25 do Evangelho segundo São Mateus, esta amizade alargou-se aos outros pobres: deficientes, físicos e mentais, pessoas sem abrigo, estrangeiros imigrados, doentes terminais. Alargou-se também às outras situações: cadeias, institutos para idosos, campos de ciganos, campos de refugiados.

Desde então a Comunidade tem crescido imenso e hoje está espalhada por mais de 70 países de quatro continentes.

http://www.santegidio.org/

segunda-feira, 21 de março de 2011

Oração 21 de Março

Senhor Jesus, hoje coloco diante de ti e diante do teu perdão as minhas fragilidades, os meus momentos de egoísmo, de auto-suficiência e impaciência. Desejo ver-me na verdade do que sou… não do que penso que sou ou gostaria de ser. Mas também, desejo acreditar que posso ser um dom de vida para os outros e não só para mim; uma felicidade que seja companheira e construtora de tantas outras.
Ajuda-me senhor a olhar-me e a olhar tudo e todos para além das minhas e das suas fraquezas. Ajuda-nos a acreditar que o teu perdão é redentor e transformador… que ele pode transformar-nos em verdadeiros seres humanos felizes.


Ir. Luísa Almendra

Oração 20 de Março

A vivência da luz

Hoje é Domingo, o 2º da Quaresma. O Evangelho (Mt 17, 1-9) conta-nos que Pedro Tiago e João foram levados por Jesus a um alto monte, onde Ele Se lhes manifestou como uma grande luz. Lá, escutaram uma voz.
Os três Apóstolos que subiram com Jesus ao monte fizeram a experiência do colectivo, sentiu cada um deles que pertenciam uns aos outros. Tiveram, juntos, a vivência da luz, juntos regressaram à planície.
Quem escuta Deus, passa a ter também ouvidos para o próximo. A comunhão com o Pai e com Jesus irmana os homens e responsabiliza-os pela prática da fraternidade.
De facto, quando nos aproximamos do mistério luminoso de Deus, nas horas em que pela oração subimos ao Tabor, passamos a ver, a partir dessa experiência; vemos com Amor. Partimos da Coração de Deus, adquirindo com olhos novos.
Senhor,
Nesta Quaresma lava meus olhos com a clareza da Tua Luz. Que eu veja os outros com Esperança, Gratidão e sentimentos fraternos.

Pe. Senra Coelho

sábado, 19 de março de 2011

Oração 19 de Março

São José

Lembro-me das suas mãos seguras, quando me ensinava a nadar. Lembro-me do seu sorriso, quando conseguia vencer uma dificuldade. Lembro-me dos seus braços abertos em cada regresso…
Ainda hoje, sinto a sua protecção, o apoio firme de uma rocha forte. E permanecem os sorrisos, os braços abertos. É o meu Pai.

Senhor, neste dia em que celebramos São José, quero pedir-te pelas famílias do mundo inteiro; de modo particular, quero pedir-Te por todos os filhos, que lá longe, no Japão, perderam os seus pais. Por todos os pais que choram um filho, uma filha, perdidos na violência de um amanhecer.
E que cada um de nós saiba amar, honrar e cuidar do pai que nos deste, na certeza do encontro Contigo, Pai eterno.


Isabel Figueiredo

Oração 18 de Março

«Acaso é esse o jejum que me agrada, no dia em que o homem se mortifica? Curvar a cabeça como um junco, deitar-se sobre saco e cinza? Podeis chamar a isto jejum e dia agradável ao SENHOR?» Is 58, 5

Nesta Quaresma, Senhor, que jejum me pedes?

É bom e justo fixar um “ponto de esforço”,
que me vá recordando, dia-a-dia, que o desprendimento e a mudança
são passos verdadeiros de conversão.

Mas estes pequenos gestos têm de ser sinais de uma decisão mais funda
de um querer mais decidido, de um desejo mais verdadeiro de perfeição.

Se assim não for, pelo possível e razoável,
mas acabo adiando a verdadeira questão:
mudar o meu coração!

É este o jejum que me pedes.
Só pode ser este: mudar, mudar mesmo, mudar até ao fundo.
Ainda que doa... mesmo que doa.

Mudar é cumprir aquele Teu desejo sobre mim
de ser tal como me pensaste:
homem inteiro, de coração aberto á verdade,
capaz de ser feliz, já e agora, apesar de toda a contingência do caminho.

Para que se cumpra o Teu desejo, tenho que me libertar
do que me prende ao que não dura,
e do que me amarra à ilusão.

É esta a mudança, é este o jejum.
Ajuda-me Senhor!


Rui Corrêa d'Oliveira

sexta-feira, 18 de março de 2011

Oração 17 de Março

Na falta... inspira-me Senhor!

Quando o meu olhar não conseguir ver as “pisaduras” na alma dos que me rodeiam: provoca o meu olhar, Ó Deus que tudo alcanças.
Quando a crise e o drama social não passar para mim de um tema ou uma questão: derruba-me, Senhor, do pedestal da indiferença, da hipocrisia e do intelectualismo.
Quando os outros me disserem que a noite caiu e as trevas os envolvem, e eu teimar em dizer que o sol brilha: perdoa, Senhor, a minha falta de compaixão e insensibilidade.
Quando na mesa faltar o pão e no corpo faltar a roupa e na carteira faltar um euro para comprar um balão, que o menino pede com o olhar e a mãozinha estendida: ensina-me, Senhor, a aprofundar o sentido de equidade, de justiça, de bem-comum e de “destino universal dos bens”.
Quando os rostos à minha volta se contorcerem em esgares nervosos e angustiados: inspira-me Senhor, a capacidade de olhar, de aproximar, de tocar, de acariciar e de rasgar caminhos de superação e de esperança.
Quando, enfim, o meu olhar estiver doente, os meus braços inertes, os meus sentidos embotados, a minha consciência alienada, pega em mim ao colo, Senhor, porque nada posso nesta agonia e reanima-me com o teu sopro de vida.

Isabel Varanda

quarta-feira, 16 de março de 2011

Oração 16 de Março

Despojada de mim, enfim te encontro

Ensina-me hoje, Senhor, a prece de um coração arrependido.

Bem sabes quanto é vasto o espaço que me dou a mim própria. Tão grande,
que não permite que sejas Tu o único Senhor da minha vida.

É que me prendem muitos medos:
Medo da solidão
e dos dias que correm.
Medo da doença.
Medo da notícia que há-de vir.
São redes que me prendem estes medos.

Sou eu
e não Tu, Senhor Jesus,
quem está no centro da existência que me deste.

Por Tua graça, ensina-me a coragem de fazer do meu coração, um coração que confiante se abandona.

E que chegue o silêncio e o espaço vazio,
em que, despojada de mim,
enfim Te encontre,
enfim me encontre.


Maria Teresa Frazão

terça-feira, 15 de março de 2011

Oração 15 de Março

As cinzas

Sobre nós desceram
as cinzas das palmas
benzidas no último Domingo de Ramos.
Assim se juntam a festa e a penitência
num gesto único de arrependimento e graça.
Assim nos ensinaste
assim nos ensina a Tua Igreja
que nos reconduz pelos Sacramentos
à infinitude dos teus caminhos.
Que nunca separemos a penitência da alegria, a saída do filho pródigo,
do seu regresso,
Os medos das cinzas que purificam
das palmas que fazem a festa.
Que na Quaresma
descubramos nas cinzas
o cortejo luminoso da vida
que abriste com a tua Cruz de salvação.


Pe. António Rego

segunda-feira, 14 de março de 2011

Oração 14 de Março

A coragem de mudar

Senhor Jesus, porque devo pedir-te que convertas o meu coração e que mudes a minha vida? Porque devo mudar, quando vivo no meio de tantos homens e mulheres que se mantém numa atitude de disputa, numa ganância de poder e numa corrida contra o tempo de passar à frente… ?
Até mesmo aqueles e aquelas que nos parecem mais íntegros são forçados a trair os valores humanos mais simples da verdade e da honestidade.
Sim, Senhor Jesus porque devo mudar o meu coração e a minha vida?
Senhor ajuda-me a crer que a minha mais pequenina mudança pode trazer à minha alegria e à minha vida o sentido da autêntica esperança. Senhor Jesus, dá-me a coragem de mudar e de, entre sorrisos e lágrimas, acreditar numa vida feliz.

Ir. Luísa Almendra

domingo, 13 de março de 2011

Estudo sobre o aborto 4 anos após a liberalização em Portugal

Federação Portuguesa pela Vida: “Aborto em Portugal é frequente, ilegal e inseguro”

Quatro anos após o referendo, “o aborto continua frequente, ilegal e inseguro”. Esta é a posição da Federação Portuguesa pela Vida, que publicou um estudo sobre os números da liberalização do aborto em Portugal.

Ver a restante notícia em http://www.jornalw.org/?cont_=ver2&id=1772&lang=pt

Oração 13 de Março

Primeiro Domingo da Quaresma

Celebramos hoje o Primeiro Domingo da Quaresma. O Evangelho diz-nos que após o Baptismo no Jordão, Jesus foi para o deserto. Durante esse período longo de retiro, Jesus foi tentado a optar pelo caminho fácil, cómodo e humanamente justificável, da opção pela riqueza, pelo prestígio e pelo poder.
Caminhando para a Páscoa, rezemos com mais frequência e intensidade, a pedir a Deus que nos ensino a «jejuar» da nossa vontade de possuir mais e mais, do desejo de sermos admirados e aplaudidos, de adorarmos a divindade falsa do poder, em vez de optarmos pelo serviço humilde e gratuito. Jejuar, rezar, praticar a caridade: façamos destes 40 dias pré-pascais um tempo e um campo de treino para imitarmos a atitude do Senhor, vencedor das tentações.
Pede-nos a Liturgia quaresmal oração mais intensa, caridade mais diligente, participação nos mistérios da renovação cristã, para que nos preparemos, «na alegria do coração purificado, para a celebração das festas pascais».
Senhor,
Não nos deixes cair em tentação mas livra-nos do mal, quando nos parecer que a felicidade nos vem da riqueza, do prestígio e do poder. Ajuda-nos a vermos claro que só na fidelidade à Tua Palavra permanecemos livres e na Tua Paz.


Pe. Senra Coelho

Oração 12 de Março

Um namoro da juventude

Eram muito novos. Alegres, gostavam de passear pela praia, de conversar e ouvir música. Começaram a namorar, com a seriedade da inocência e a convicção da eternidade.
Sonharam a partilha de um futuro, riram de mãos dadas e choraram juntos.
A vida separou-os, mas ficou para sempre a certeza de que o namoro pode ser belo e puro.
Nesta manhã, gostava de Te entregar, Senhor, todos os jovens que namoram.
Os que andam felizes pelas ruas e os que choram. Os que constroem uma vida e aqueles que a vão destruindo, a cada dia que passa. Todos, porque todos merecem recordar, como pode ser belo e puro, um namoro da juventude.


Isabel Figueiredo

Oração 11 de Março

«Se alguém quiser vir comigo, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.» Mt 16, 24

“Vem! Toma a tua cruz e segue-Me.”
É o desafio que ouço no silêncio do meu coração,
como refrão que vai ritmando os dias da minha vida.

Inevitavelmente, a palavra “cruz” traz consigo a marca do sacrifício.
Talvez por isso, tento abafar esta voz
e distrair a minha consciência
com a inconsciência de cada instante.

Sei bem que é uma fuga temporária
e que a realidade da vida se há-de impor,
incontornável e objectiva,
reclamando a minha liberdade em decisões e opções
com que escrevo a minha história.

Não vale a pena encostar a cruz nas paredes da distracção,
porque a vida é esse contínuo devir
impossível de viver sem a coragem de tomar a sério,
nos meus próprios braços, a cruz e a vida.

Como também não vale a pena
encher-me daquela pretensão
de enfrentar a vida sem guia nem companhia.

Tudo se torna possível e bom
quando experimento a alegria e a libertação
de me deixar conduzir e acompanhar
nesse lugar único que Cristo me deixou por herança:
a Sua Igreja!


Rui Corrêa d’Oliveira

Oração 10 de Março

O emaranhado interior

O dia a dia, na voracidade dos compromissos, das exigências e obrigações, absorve-nos de tal modo na res publica, que acabamos por atrofiar o espaço interior, por falta de uso, diria.
Desabituamo-nos de caminhar por nós adentro; de repousar nos recantos mais serenos do mundo interior e de olhar de frente as montanhas e os precipícios, as tempestades e as bonanças, que tantas vezes nos fazem quase desfalecer.
Esta é a “condição humana”: frente e verso, direito e avesso. Este é o nosso modo de ser terreno: uma árvore, cujos ramos, pequenos e grandes, jovens ou idosos, se estendem pelo tempo e pelos espaços fora e cujas raízes se desenvolvem no interior de cada um; raízes que se aprofundam por nós adentro, que se emaranham, que dão consistência interior.
De mansinho entrámos num tempo especial para os cristãos, um tempo litúrgico sempre novo, sempre tempo para além do “comum”. Quarenta dias, não são pouca coisa. Quarenta dias e quarenta noites em que as noites e os dias nos convidam, na sua sucessão ininterrupta, a viajar por dentro, a procurar mais intensamente o íntimo e ousar olhar o emaranhado interior; ousar levar-lhe um pouquinho de luz.


Isabel Varanda

Oração 9 de Março

Neste tempo, neste caminho que hoje se inicia

Nesta Quarta-Feira de Cinzas
não permitas, Senhor, que eu esqueça na Quaresma que hoje se inicia
a graça do meu Baptismo,
consciente deste tempo que é único
deste tempo favorável,
tempo em que me ensinas e pedes a conversão da vida,
o mergulho na glória da Tua morte e Ressurreição.

Que o meu coração se rasgue à Tua Boa Nova
e experimente eu, desde hoje,
ainda que num só gesto, o jejum daquilo que me prende,
o aroma da oração que, discreto, tudo impregna e envolve,
e, finalmente, que eu me dê como esmola, migalha que sou,
porque por fim Te reconheço no coração do pobre.

Que esta Quarta-Feira de Cinzas
Seja o primeiro dia do resto da minha vida.


Maria Teresa Frazão

terça-feira, 8 de março de 2011

Oração 8 de Março

O oceano de misericórdia

Penso às vezes, todos pensamos
nessa figura sinistra e infeliz: Judas Iscariotes.
Por que o escolheste para o grupo dos 12?
Tu conheces tudo, inclusive o mistério do mal.
O teu servo Bento XVI disse que Judas
esteve perto, mesmo depois de Te trair: reconheceu que pecou.
Faltou-lhe o passo seguinte: procurar a tua misericórdia.
Que estava lá. Como esteve para Pedro,
como está para todos nós, pecadores.
Ajuda-nos, a nós, pecadores, a sempre procurar
o oceano de misericórdia
que nos inunda e lava do pecado.


Pe. António Rego

Respeitar

Respeitar o outro na sua liberdade e na sua dignidade não significa apenas abster-se de o prejudicar ou agredir de alguma forma.
O respeito pelo outro exige igualmente, de cada um de nós, essa atitude tão especial a que chamamos consideração... Há que ter consideração pelo outro: por aquilo que pensa e sente; por aquilo que é, por aquilo que viveu; por aquilo que experimentou ou sofreu, e que fizeram dele - ou dela - a pessoa em que se tornou.
Ter respeito pela liberdade e a dignidade do outro, implica - por isso - ser capaz de fazer um esforço para o conhecer e compreender; e, também, ser capaz de resistir à tentação de impor, à força, às nossas ideias ou as nossas convicções.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Oração 7 de Março

«É o Senhor quem te protege e está a teu lado»

Hoje peço-te Senhor que todos aqueles que vivem a aflição de uma doença, de uma perda, de uma notícia inesperada… possam escutar no mais fundo de si mesmo a certeza das palavras do Salmo «É o Senhor quem te protege e está a teu lado» (Sl 120,5). Que todos possamos acreditar para lá de todas as sombras ou de toda a escuridão, o Senhor nos protege e está ao nosso lado. Sós ou acompanhados… felizes ou desencantados… bem sucedidos ou perdidos o Senhor, é Ele sempre Ele quem nos protege e está ao nosso lado.
Senhor, Deus-connosco, protege-nos do mal que nos destrói a vida e a esperança. Protege-nos das alegrias mentirosas, de uma paz falsa ou de um egoísmo cómodo.
Está ao nosso lado sempre que o nosso coração se move e o nosso agir se orienta pelos caminhos da simplicidade e da integridade. Está ao nosso lado sempre que choramos os nossos vazios ou sempre que nos alegramos com o sentido que finalmente encontrámos numa vida que, acreditando em Deus, acredita numa Vida para todos e com todos.


Ir. Luísa Almendra

Oração 6 de Março

A Palavra do Evangelho deste Domingo diz-nos que é sobre a rocha firme, que é Jesus Cristo, que temos que construir a nossa vida. Só n’Ele teremos o apoio seguro que não nos deixará soçobrar nas tempestades deste mundo. Ele e a sua Palavra são a rocha resistente sobre a qual deve edificar. «O Senhor é para sempre a rocha do meu coração e a minha herança» (Salmo 73, 26). Com este suporte divino inabalável, poderemos ser rocha de sustento em que outros poderão confiar e a que poderão recorrer. Como S. Paulo, tudo podemos «n’Aquele que nos dá força».
Evangelho significa Boa Nova, boas notícias. Façamos dos Evangelhos a fonte da nossa alegria. Queiramos ir a eles buscar os critérios para o nosso proceder cristão.
Senhor,
A vida apresenta-se-nos tantas vezes como rotunda confusa com várias saídas, mas sem sinaléticas. Só o sentido intuitivo nos pode fazer escolher bem a saída com sentido e capaz de nos levar a lugar seguro.
Sê nossa bússola para que as nossas escolhas nos levem até ti e nos façam sempre reconhecer-te nos outros e nos Sinais dos tempos. Senhor, com a Tua Palavra construiremos um mundo melhor.


Pe. Senra Coelho

domingo, 6 de março de 2011

Morrer é só não ser visto


Num número que ninguém ainda consegue bem quantificar, mas que os poucos indicadores dão como preocupante e crescente, multiplicam-se as situações de isolamento humano, sobretudo na terceira idade

O verso certeiro de Fernando Pessoa que diz «Morrer é só não ser visto» ganhou, nos últimos dias, significados que nos deveriam desassossegar. As notícias que dão conta dos idosos que vivem e morrem em total solidão mostram-nos como a frase de Pessoa não é apenas uma alusão simbólica à invisibilidade dos mortos, mas se tornou uma descrição literal do que, entre nós, acontece aos vivos. Num número que ninguém ainda consegue bem quantificar, mas que os poucos indicadores dão como preocupante e crescente, multiplicam-se as situações de isolamento humano, sobretudo na terceira idade, precisamente quando o cuidado e o acompanhamento deveriam ser redobrados.

Por vezes, no cruzamento apressado das horas, deparamos com um rosto idoso que nos olha por detrás de uma janela, na nesga quase oculta de uma cortina, e fazemos por não pensar muito nisso. Mas que nos dizem esses olhos? Que nos dizem esses olhos que nos olham em silêncio, sedentos de proximidade e de palavra; esses olhos para quem tudo é adiado; esses olhos que se sabem deixados para o fim ou nem isso; esses olhos impotentes e, ainda assim, tão doces; esses olhos que tacteiam as coisas e já não estão certos de as reconhecer ou de as poder activar; esses olhos que desistem um milhão de vezes por dia e nenhuma delas sem dor; esses olhos que se deixaram sequestrar pela televisão a tempo inteiro; esses olhos vazios do que não viram, mas que não desistem de esperar; esses olhos atrapalhados na geografia que alteramos sem aviso; esses olhos que não conseguem perceber a literatura incluída de um mundo que, sem o merecerem, lhes é hostil? Sim, que nos dizem os olhos que encontramos regularmente por anos a fio, ou mesmo só por uns meses, que nos habituamos a reconhecer na nossa paisagem anónima e distraída e, de repente, deixamos de ver? «Morrer é só não ser visto». Deveríamos escrever o verso de Pessoa na Constituição da República e no nosso coração.

José Tolentino Mendonça

Como comungar? Na mão, na boca, de joelhos? Os seus vários significados...


A prática mais antiga de distribuição da Comunhão foi, muito provavelmente, a de dar a Comunhão aos fiéis na palma da mão. Porém, a história da Igreja mostra como também teve início muito cedo o processo de transformação desta prática. A partir da época dos Padres da Igreja, vai nascer e consolidar-se a tendência de restringir cada vez mais a distribuição da Comunhão na mão e de favorecer a distribuição na boca. O motivo da preferência que se apresenta é duplo: por um lado, evitar ao máximo a dispersão dos fragmentos eucarísticos; por outro, favorecer o crescimento da devoção dos fiéis à presença real de Cristo no sacramento.

Também S. Tomás de Aquino se refere ao costume de só receber na boca a Comunhão ao afirmar que a distribuição do Corpo do Senhor pertence só ao sacerdote ordenado. E isto, por diversos motivos, entre os quais indica o respeito para com o sacramento, que “não é tocado por nada que não esteja consagrado, e daí se consagrarem o corporal, o cálice e também as mãos do sacerdote para poderem tocar neste sacramento. A ninguém mais, portanto, é permitido tocar nele, fora dos casos de necessidade: para impedir, por exemplo, de cair no chão ou outras situações semelhantes”.

Ao longo dos séculos, a Igreja sempre procurou caracterizar o momento da Comunhão com sacralidade e suma dignidade, esforçando-se constantemente por desenvolver da melhor maneira gestos externos que favorecessem a compreensão do grande mistério sacramental. Com este atento amor pastoral, a Igreja contribui para que os fiéis possam receber a Eucaristia com as devidas disposições, entre as quais figura compreender e considerar interiormente a presença real d'Aquele que se vai receber. Entre os sinais de devoção próprios dos que comungam que a Igreja do Ocidente estabeleceu está a posição de joelhos. Uma célebre expressão de Santo Agostinho, citada pelo Papa, ensina que “ninguém come desta carne [o Corpo eucarístico] sem antes a adorar […], pecaríamos se não a adorássemos”. A posição de joelhos significa e favorece a necessária adoração prévia à recepção do Cristo eucarístico.

Nessa perspectiva, o então Cardeal Ratzinger afirmou que “a Comunhão alcança a sua profundidade só quando é sustentada e compreendida pela adoração” (Introdução ao Espírito da Liturgia). Por isso considerava que “a prática de ajoelhar-se para a Sagrada Comunhão tem a seu favor séculos de tradição e é um sinal de adoração particularmente expressivo, de todo apropriado à luz da verdadeira, real e substancial presença de Nosso Senhor Jesus Cristo sob as espécies consagradas".

João Paulo II escreveu na sua última encíclica: “Dando à Eucaristia todo o realce que merece e procurando com todo o cuidado não atenuar nenhuma das suas dimensões ou exigências, damos provas de estar verdadeiramente conscientes da grandeza deste dom. A isto nos convida uma tradição ininterrupta desde os primeiros séculos, que mostra a comunidade cristã vigilante na defesa deste «tesouro». […] E não há perigo de exagerar no cuidado que lhe dedicamos, porque, «neste sacramento, se condensa todo o mistério da nossa salvação».

Em continuidade com o ensinamento do seu Predecessor, a partir da Solenidade do Corpo de Deus de 2008, o Santo Padre Bento XVI começou a distribuir aos fiéis o Corpo do Senhor directamente na boca e estando de joelhos».

Fonte: http://www.paroquia-smbelem.pt/
Título original: “La Comunione ricevuta sulla lingua e in ginocchio”, disponível em:
http://www.vatican.va/news_services/liturgy/details/ns_lit_doc_20091117_comunione_it.html - top

sábado, 5 de março de 2011

Oração 5 de Março

Rezar é sempre um encontro

Senhor,
Celebrou-se o dia mundial da oração.
Tu bem sabes como a oração cruza a história da humanidade, como cruza a história de cada um de nós.
Sozinha ou em comunidade, no aconchego da família ou na imensidão de multidões, sinto que rezar é sempre um encontro. Nas palavras que digo, no cântico que oiço, no silêncio de uma contemplação…
Incontáveis como as estrelas do céu, acredito que estes Encontros salvam o mundo.
Por isso, Te peço, uma vez mais e sempre, por todos nós, para que a Oração marque cada dia que começa, cada noite que chega. Que a Oração seja uma realidade nas nossas casas e nas nossas vidas.


Isabel Figueiredo

Oração 4 de Março

Liberta-me, senhor, da tentação de julgar

Senhor da misericórdia, não me deixes cair na tentação de julgar.

Não desistas de me lembrar as palavras do Teu apóstolo Paulo
Ao julgares os outros condenas-te a ti próprio.

Sou tentada pelo olhar da aparência,
pelos preconceitos,
pela ideias feitas
pelos meus próprios «dogmas».

Vejo no outro o argueiro
e escondo a minha trave.

Que eu não julgue, Senhor, para não ser julgada.

Sabes como é difícil.
Há em mim um convencimento que me tolda o olhar.

Liberta-me Senhor desta tentação.

Por Tua graça hei-de encontrar a surpresa
que se abre em ternura.

E amar só por amor.

Coração desarmado


Maria Teresa Frazão

Oração 3 de Março

Senhor, Deus da minha liberdade!

Há momentos em que uma espécie de bruma se apodera do raciocínio e envolve a inteligência e o coração. Há momentos em que nos deixamos envolver, com lassidão, pela corrente que nos solicita, que nos provoca e seduz. Há encontros que nos envolvem num clima de “desbravar terreno” para o meu lado; “abrir uma brecha” para a minha carreira. Encontros com gente que, alegadamente, tem poder, abre portas; encontros que, quase instintivamente, nos parecem “providenciais” e que, naturalmente, parecem dizer: “tens aqui a tua oportunidade; não a deixes fugir…”.
Nestes encontros, Senhor Deus da minha vida e da minha liberdade, não me deixes ficar só; não permitas que eu te ignore; habita as minhas brumas e o meu confuso encantamento para que eu me torne cada vez mais capaz de negociar muita coisa, mas nunca a minha liberdade interior; nunca a pequenina luz, tremeluzente, que me custou tanto a acender e que é tão frágil.
Bom-dia!


Isabel Varanda

quinta-feira, 3 de março de 2011

Oração 2 de Março

Uma vida de serviço

Em lágrimas disseste que tinha morrido o teu irmão Miguel.
Lembrei-me que num intervalo das aulas, me segredaste que tinhas dificuldades com a Igreja.
E muitas vezes as tuas palavras contidas deixavam entender essa difícil dor.
Um dia arrisquei «Não gostava de falar abertamente com um padre em quem confiasse ?»
Quando voltava p´ra casa eu ia rezando devagar, em passos lentos.
Um vez, libertou-se em mim esta pergunta:
«Senhor Jesus, como dizemos nós a Tua Igreja, como dizemos o Teu Reino de Amor e de serviço?»
Hoje são certeiras as palavras do Evangelho:
«Quem, entre vós, quiser tornar-se grande tem de ser vosso servo.
(...)
É que o Filho do homem não veio para ser servido, veio para servir.»

Peço-Te, Senhor, que me ajudes a fazer de toda a minha vida uma vida que anuncie sempre o Teu Reino
no serviço,
no amor.


Maria Teresa Frazão

terça-feira, 1 de março de 2011

Somente o Necessário


Esta alegre música que a Filipa me apresentou é uma aplicação prática do evangelho de Domingo passado.
Apreciem e sigam o exemplo!

Oração 1 de Março

A Criação

Com a Tua palavra foi criado o mundo.
Como oleiro nos moldaste corpo e alma
e tudo nos deste:
o mundo, a vida, a criação inteira
e o dom de continuar o Teu projecto.
Como disse Paulo "tudo é vosso…
o mundo, a vida, a morte, as coisas presentes
E as futuras. Tudo é vosso, vós sois de Cristo,
Cristo é de Deus."
Que suave peso deixaste sobre os nosso ombros:
continuar a criação para um dia Te entregarmos
o mundo, o nosso pequeno e grande mundo, por Ti remido
e por nós recriado..
Cada um dos nossos dias
completa o primeiro dia da criação.
Obrigado por nos teres confiado essa missão sublime.


Pe. António Rego