quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos

Crise reforça necessidade de trabalho ecuménico.

Por todo o mundo, diversas comunidades cristãs rezam, esta semana, pela unidade. Em Portugal, a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos serve para lembrar que é urgente reforçar o diálogo com a comunidade ortodoxa (que cresceu nos últimos anos devido à imigração) e que, em tempo de crise, é ainda mais urgente a unidade entre todos os cristãos.
O presidente da Comissão Episcopal da Doutrina da Fé, D. Manuel Felício, aponta como fundamental o esforço ecuménico: “O ponto essencial é viver a unidade como Cristo aqui, ser assíduos na unidade na oração, a começar pela fracção do pão, que é a Eucaristia, assíduos no ensinamento dos apóstolos, e unidade também na vivência da caridade, são os pontos-chave, e com a exigência de compararmos com situações onde estamos longe de atingir esta unidade”.
A comunhão fraterna e a fracção do pão é o lema deste ano e aponta para a partilha, um tema particularmente importante num ano de crise. “Temos o imperativo não só de dar pão a quem tem fome, mas mobilizar as pessoas para criar pão, para que esse pão seja distribuído. Está provado que temos que encontrar caminhos novos de organização social e de vida em sociedade”, disse D. Manuel, que é, também, o Bispo da Guarda.
As dificuldades sentidas pelos portugueses afectam também os ortodoxos, na sua maioria imigrantes, e esse é também um foco de preocupação dos bispos portugueses. “Aparecem-nos aqui, em Portugal, com várias procedências, com várias obediências. Muitas vezes nem sabemos bem de quem dependem, mas uma coisa é certa, são irmãos nossos, querem viver a sua fé, apesar de não terem aqui as condições que tinham nos seus países de origem”, explica D. Manuel Felício.
São muitas as iniciativas previstas em várias dioceses, mas, o ponto alto desta Semana de Oração para a Unidade dos Cristãos será o Encontro Ecuménico Nacional na Igreja de Santa Isabel, em Coimbra, na sexta-feira.
O encontro é organizado pelo Conselho Português das Igrejas Cristãs que integra católicos, anglicanos, metodistas e presbiterianos.

em Página 1, 18 de Janeiro de 2011

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

musical WOJTYLA

4 SESSÕES EM LISBOA - TEATRO TIVOLI - DIAS 17, 18 E 19 DE FEVEREIRO
2 SESSÕES NO PORTO - TEATRO SÁ DA BANDEIRA - DIAS 24 E 25 DE FEVEREIRO
Bilhetes à venda em WWW.TICKETLINE.PT, lojas Fnac, Worten e nos locais do espectáculo

O musical WOTJYLA nasceu integrado num projecto de homenagem ao Papa João Paulo II, desenvolvido pela Paróquia de Cascais, por ocasião do Ano Sacerdotal. Este grupo nasceu com o objectivo de produzir e realizar um espectáculo musical com fins beneméritos. Teve a sua estreia no dia 18 de Maio de 2010, no Estoril, e esteve em cena durante 7 dias, sendo que dois destes dias foram sessões extras a pedido do público.

Dado o enorme impacto que o musical causou, aliado ao facto de termos tido variados pedidos para repor o espectáculo, pouco hesitámos ao avançar para a reposição quando a ATT (Associação para Tratamento das Toxicodependências) nos lançou o desafio. Assim surgiu, de novo, o musical WOJTYLA.

O espectáculo é cantado e dançado ao vivo.

Sinopse:

Trata-se de um musical multimédia sobre João Paulo II. A peça não é um relato histórico nem uma biografia. São testemunhos.

Testemunhos de quem se cruzou com ele. Testemunhos de vidas que mudaram. Testemunhos acerca do lado mais divertido do Papa.

Momentos decisivos e momentos divertidos.

O espectáculo não é um musical clássico, mas sim um review, construído a partir de testemunhos de vidas que mudaram ou foram tocadas por João Paulo II. Incide também na relação de João Paulo II com os jovens.

O objectivo central e fundamental é lembrar João Paulo II, o homem, o Papa, o Santo, que poucos deixou indiferentes.

Mais em http://www.musicalwojtyla.net/

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Ecumenismo - Papa escolhe protestante para liderar departamento científico

O Papa escolheu um protestante para chefiar a Academia de Ciências do Vaticano.
O escolhido foi Werner Arber, um biólogo molecular de nacionalidade suíça que dividiu um prémio Nobel de Medicina em 1978.
Um porta-voz do Vaticano, Ciro Benedettini, sublinhou que, pela primeira vez, um não-católico preside à Academia Pontifícia de Ciências, nos seus quatro séculos de existência.
A academia, de que Arber se tornou membro em 1981, ajuda os pontífices a compreender os avanços científicos em áreas que vão da genética à física nuclear.
Entre outros não-católicos que foram membros proeminentes da academia, mas não presidentes, encontra-se Rita Levi Montalcini, uma judia italiana que ganhou o Nobel de Medicina em 1986.
A decisão de Bento XVI não podia surgir num momento mais adequado, uma vez que por estes dias os cristãos de todo o mundo celebram a Semana de Oração para a Unidade Cristã, durante a qual se realizam diversos encontros ecuménicos e se reza para ultrapassar as barreiras que separam as Igrejas.

em Página 1, 17 de Janeiro de 2010

Anglicanorum Coetibus - Ordinariato inglês já tem nome e responsável

O Vaticano publicou, durante o fim-de-semana, o decreto que marca o arranque oficial da estrutura criada para acolher os anglicanos de Inglaterra e do País de Gales que queiram aderir à Igreja Católica.
Keith Newton, um dos ex-bispos anglicanos que foi ordenado sacerdote católico pelo Arcebispo de Westminster, no sábado, foi nomeado o ordinário, isto é, o responsável pelo ordinariato pessoal, como é conhecida esta estrutura canónica.
O decreto do Vaticano anuncia ainda o nome dado ao ordinariato, que será de ora em diante conhecido como Ordinariato Pessoal de Nossa Senhora de Walsingham, numa referência ao mais importante santuário mariano inglês, partilhado por católicos e anglicanos.
Ainda segundo o documento emitido por Roma, o patrono do Ordinariato será o Beato Henry Newman, o ex-padre anglicano que se converteu a Roma e chegou a Cardeal no século XIX. Newman foi beatificado por Bento XVI, durante a sua visita ao Reino Unido, em Setembro do ano passado.
Keith Newton foi ordenado sábado de manhã numa cerimónia na Catedral de Westminster, em Londres, juntamente com outros dois ex-bispos anglicanos: Andrew Burnham e John Broadhurst. Nascido em 1952, é o mais novo dos três homens. Casado e pai de três filhos está agora encarregue da formação catequética, auxiliado por Burnham e Broadhurst, dos restantes anglicanos, tanto padres como leigos, que queiram ingressar no Ordinariato.
Por ser casado, tal como os outros dois ex-bispos, Newton não pode ser ordenado bispo católico, mas na qualidade de ordinário terá assento na Conferência Episcopal de Inglaterra e País de Gales e poderá, ainda, pedir dispensa a Roma para usar alguns dos símbolos próprios de bispo.
Com o estabelecimento formal do Ordinariato Pessoal de Nossa Senhora de Walsingham, aguarda-se a erecção de estruturas semelhantes na Austrália, Canadá e Estados Unidos.

Ecumenismo mantém-se prioritário

O anúncio da criação de ordinariatos para ex-anglicanos, feito em Novembro de 2009, conduziu a uma pequena crise nas relações ecuménicas entre a Igreja Católica e a Anglicana.
O comunicado divulgado pelo gabinete de imprensa da Santa Sé realça, contudo, que as relações ecuménicas continuam a ser uma prioridade para Roma e que a proposta dos ordinariatos surgiu, não como iniciativa directa do Vaticano, mas como resposta à solicitação repetida de anglicanos que manifestavam o seu desejo de abraçar a fé católica.
A comunhão anglicana tem sofrido grandes divisões na última década, com fracturas crescentes entre liberais e conservadores, sobretudo, no plano da teologia fundamental e moral.
Num comunicado à imprensa, o já padre Keith Newton anunciou que recebia a notícia da sua nomeação com humildade, agradecendo à sua família e à sua mulher todo o apoio dado durante o processo.
A mensagem tem tons fortemente ecuménicos. Newton realça a importância da Igreja Anglicana na sua formação cristã e agradece ao Arcebispo de Cantuária a paciência e a graça para com ele e os outros que aceitaram este desafio.

em Página 1, 17 de Janeiro de 2010

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Cristãos orientais - Natal começa a celebrar-se hoje à noite

Os cristãos de tradição oriental que seguem o calendário juliano, na sua maioria pertencentes a confissões ortodoxas, preparam-se para festejar, hoje à noite, o Natal, segundo os seus próprios costumes.
O calendário juliano é anterior ao gregoriano, usado pela Igreja Católica e pelas igrejas protestantes, e tem, em relação a esta, um atraso de quase duas semanas. Assim, para os seguidores deste calendário, o Natal calha a 7 de Janeiro.
A maioria começa os festejos com celebrações litúrgicas, na noite de hoje. É o caso de muitas comunidades ortodoxas em Portugal, sobretudo as ligadas a Moscovo e ao Patriarcado Ecuménico de Constantinopla, mas também da comunidade greco-católica, composta essencialmente por ucranianos, católicos de tradição bizantina que se encontram em comunhão com o Papa.

em Página 1, 6 de Janeiro de 2011

Quem são os cristãos do Egipto

Na noite de passagem de ano, foram mortos 23 cristãos egípcios - coptas - num atentado em Alexandria. A notícia correu mundo e terão sido muitos os que se questionaram: “Mas o que são, quem são os coptas?”. É a esta e outras questões com ela relacionadas que aqui respondemos.

O que significa “copta”?
Os cristãos de origem egípcia são conhecidos como coptas. A palavra deriva do grego “aiguptius”, que significa, simplesmente, egípcio. Quando os árabes muçulmanos invadiram o Egipto no século VII, a população local era esmagadoramente cristã. Os muçulmanos ocupantes apelidavam os habitantes locais de egípcios, usando a palavra grega, e esse nome passou a definir os cristãos, por oposição aos muçulmanos, de etnia árabe. Hoje em dia, copta significa qualquer cristão de tradição egípcia.

Quantos são os coptas?
Existem, no mundo, cerca de 20 milhões de cristãos de origem egípcia. Calcula-se que os cristãos sejam entre 8% e 12% da população do Egipto, o que se traduz em cerca de 10 milhões de pessoas. Existe ainda uma grande diáspora copta, com cerca de 1,5 milhões nos EUA e Canadá. Na Europa, as maiores comunidades encontram-se em França e no Reino Unido, com algumas dezenas de milhares. Há ainda meio milhão de coptas no Sudão, país que faz fronteira com o Egipto. A esmagadora maioria dos cristãos egípcios pertence à Igreja Copta Ortodoxa. Há pequenas minorias que pertencem à Igreja Copta Católica ou a comunidades coptas protestantes.

Quais são as origens do Cristianismo no Egipto?
Os coptas são uma das comunidades cristãs mais antigas do mundo. No início da expansão cristã, Alexandria era uma das principais cidades do Império Romano e formou-se aí, desde cedo, uma comunidade cristã. Alexandria foi um dos quatro primeiros patriarcados, juntamente com Antioquia, Jerusalém e Roma.

O que é a Igreja Copta Ortodoxa?
A principal Igreja no Egipto é a Igreja Copta Ortodoxa, chefiada pelo Papa Shenouda III. Esta Igreja não está em comunhão com a Igreja Católica nem com as Igrejas Ortodoxas de tradição bizantina, como a Russa, a Grega e outras da Europa de Leste. Os coptas ortodoxos pertencem à comunhão de Igrejas que se separaram do resto do Cristianismo, depois do concílio de Calcedónia, no século V, que inclui, ainda, a Igreja Arménia, a Igreja Etíope, entre outras.

Que contribuições têm dado para o Cristianismo?
Os coptas têm feito grandes contribuições para o Cristianismo universal, nomeadamente no que diz respeito à tradição monástica, que nasceu nos desertos do Egipto com grandes figuras como Santo Antão. Deve-se ainda aos coptas a preservação de inúmeros textos sagrados.

Porque há perseguição?
Os coptas, pequena minoria num país esmagadoramente muçulmano, queixam-se de perseguição e opressão graves e frequentes. Por lei, é impossível um muçulmano converter-se ao Cristianismo no Egipto, enquanto os cristãos vêem a sua vida facilitada se se converterem ao Islão. Não existem limites à construção ou reparação de mesquitas, mas é preciso uma ordem presidencial para construir uma Igreja ou fazer obras numa já existente. Os coptas queixam-se ainda de discriminação por parte da polícia e das forças de segurança.

por Filipe d’Avillez em Página 1, 6 de Janeiro de 2011

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Celebração do Crisma - Domingo 12h

"No próximo domingo, dia 9 de Janeiro, a Missa do meio-dia será presidida por D. Joaquim Mendes, Bispo Auxiliar do Patriarcado de Lisboa, que irá ministrar o sacramento da Confirmação ou Crisma a um grupo de adultos e jovens da nossa Paróquia."
Convido todos a estarem presentes e partilharem este importante dia de alguns jovens da nossa paróquia, de entre os quais, se espera, sairão alguns futuros membros do GRAO.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Aproveitar a crise

Sabem qual é o nosso problema? É que não gostamos de sacrifícios. Achamos que a vida só é boa quando não há contrariedades, quando nos distraímos, quando rimos com os amigos ou fazemos aquilo que nos apetece. Mas que grande ilusão!...

Bem sabemos que não é assim, que não existe esperança, nem beleza, nem bondade, nem justiça, nem amor, nem relações verdadeiras sem sacrifício.

Assim, a terminar este ano, desejo, a todos, um óptimo 2011 sem ilusões. Um ano cheio de vida verdadeira, leal, fecunda, sincera. E, portanto, com sacrifícios. Por isso, provavelmente, a crise vai fazer-nos bem, porque terá o mérito de nos reconduzir às coisas verdadeiramente importantes da vida.

Se assim for, podemos vir a ser melhores pessoas e, até mesmo, finalmente, vir a mudar Portugal.

por Aura Miguel, em Página 1, 31/12/2010