sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Aniversário da Ana Filipa
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Festa de S. SIMÃO e S. JUDAS, Apóstolos
Judas, de sobrenome Tadeu, é o Apóstolo que na Última Ceia perguntou ao Senhor por que razão Se manifestava aos seus discípulos e não ao mundo (Jo 14, 22).
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Algumas Perguntas sobre as Jornadas Mundiais da Juventude.
O QUE É A JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE (JMJ)?
A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) é um grande encontro de jovens de todo o mundo em torno do Papa. É um excelente meio de evangelização da Igreja que, por intermédio destas Jornadas, continua a anunciar a mensagem de Cristo aos jovens.
“Todos os jovens devem sentir-se cuidados pela Igreja, para isso, toda a Igreja, em união com o Sucessor de Pedro, deverá sentir-se cada vez mais comprometida em todo o mundo, em prol dos jovens (...) para corresponder às suas expectativas, comunicando-lhes a certeza de Cristo, a verdade que é Cristo, o amor que é Cristo através de formação adequada, que constitui uma condição necessária e actualizada da evangelização ". (João Paulo II, Discurso ao Colégio dos Cardeais, 20 de Dezembro de 1985)
ONDE JÁ FOI REALIZADA?
Em Buenos Aires, com a presença de um milhão de jovens; em Santiago de Compostela, com mais de 500.000; em Czestochowa, com 1.600.000,;em Denver, com 600.000; em Manila, com cerca de 4 milhões; em Paris, com 1,2 milhões; em Roma, com 2 milhões; em Toronto, 800.000; em Colónia, com 1,1 milhões; em Sydney, com 400.000.
QUEM INICIOU A JMJ?
Durante o Jubileu de 1983-1984, o chamado Ano Santo da Redenção, em memória da morte de Jesus Cristo 1950 anos atrás, entre as várias celebrações dedicadas à juventude, a mais importante ocorreu na véspera do Domingo de Ramos em Roma. Mais de 300.000 jovens de todo o mundo participaram no Jubileu Internacional da Juventude. O Papa deu-lhes uma cruz de madeira. O ano 1985 foi proclamado pela ONU como o Ano Internacional da Juventude. A Igreja Católica organizou um novo encontro internacional no Domingo de Ramos, em 31 de Março, com outros 350.000 jovens que se reuniram na Praça de São Pedro. Após este evento, o Papa instituiu o Dia Mundial da Juventude, com cadência anual. Portanto, podemos dizer que a Jornada Mundial da Juventude foi um desejo e uma iniciativa de João Paulo II, vendo a participação maciça de jovens que se reuniram em Roma para reuniões internacionais em 1984 e 1985.
QUEM A CONVOCA E ORGANIZA?
O Santo Padre escolhe o tema e explica-o numa mensagem, e é quem convoca os jovens. As Jornadas Mundiais da Juventude são organizadas pelo Conselho Pontifício para os Leigos, um departamento do Vaticano ao qual o Santo Padre confiou a sua organização. Há também um Comité organizador local, que trabalha em estreita colaboração com o Conselho Pontifício para os Leigos.
QUAIS SÃO OS OBJECTIVOS DA JMJ?
O objectivo prioritário da Jornada Mundial da Juventude é dar a conhecer a todos os jovens do mundo a mensagem de Cristo. É uma iniciativa evangelizadora da Igreja, com uma grande dimensão ecuménica. "Tenho memórias muito bonitas da Jornada Mundial da Juventude em Colónia: não foi simplesmente um acontecimento de massas; foi sobretudo uma grande festa de fé, um encontro humano da comunhão em Cristo. Vimos como a fé abre fronteiras e tem realmente a capacidade de unir culturas diferentes e criar alegria. Espero que o mesmo aconteça agora na Austrália. Por isso, eu estou feliz por ver tantos jovens, de vê-los unidos no desejo de Deus e no desejo de um mundo realmente humano "( Entrevista a Bento XVI durante o voo para a Austrália. 12 de Julho de 2008). Portanto, os objectivos da JMJ são os de toda a evangelização: em concreto, dar a conhecer Cristo aos jovens do nosso tempo.
QUEM PODE PARTICIPAR NA JMJ?
Estão convidados os jovens de boa vontade do mundo inteiro: rapazes e raparigas de todas as religiões que queiram partilhar alguns dias de oração, alegria e solidariedade.
QUAL A IDADE MINIMA PARA PARTICIPAR?
Para participares com o Serviço da Juventude terás de ter 16 anos até 10 de Agosto de 2011. A participação de jovens com idade inferior a esta (com 14 ou 15 anos) será uma excepção e terá de ser analisada caso a caso, em conjunto com os responsáveis dos grupos. Para isso, contacta-nos.
EXISTE UMA IDADE MÁXIMA PARA PARTICIPAR?
Não existe uma idade limite máxima mas lembramos que as Jornadas da Juventude são repletas de actividades que exigem disponibilidade física (caminhadas, dormida ao ar livre, etc) e que as condições de alojamento (só conhecidas à chegada) poderão implicar, por exemplo, dormidas no chão durante todos os dias de duração da JMJ.
Cortesia: http://www.lisboajmjmadrid.com/perguntar.phpXII Fórum Ecuménico Jovem em Viseu
Viseu acolhe o XII Fórum Ecuménico Jovem a 6 de Novembro. Esta experiência ecuménica junta jovens cristãos de Portugal que querem conhecer-se melhor, aprofundar temas de actualidade, rezar e cantar juntos e fazer caminhada ecuménica.
Nesta edição, vai-se reflectir sobre ‘Quem é o meu próximo?’ e será apresentado o II CD Ecuménico Jovem. Decorrerá no Centro Socio-Pastoral Diocesano de Viseu.
Será, pois, esta Diocese a acolher este encontro de e para jovens das diversas confissões cristãs que desejam descobrir e viver desde já o desafio à unidade e à reconciliação que nasce do próprio Evangelho de Jesus. Com tempos de escuta, de partilha, de festa e de oração, o Fórum Ecuménico é um desafio a aprofundarmos a nossa identidade cristã e o que podemos desde já partilhar com outros jovens que, acreditando em Cristo, fazem o seu percurso de fé no âmbito de outras tradições eclesiais.
A novidade deste ano é o convite à participação das turmas de EMRC.
O Fórum não exige inscrição prévia. Pede-se apenas que cada um traga algo para o almoço partilhado (há sopa e pão).
O programa do XII FEJ é o seguinte:
10h00 – Acolhimento
10h30 – Abertura; apresentação dos participantes; palavras de boas-vindas por parte dos hierarcas presentes; introdução, pelo Bispo Sifredo
11h00 – Apresentação de audiovisual sobre o Ecumenismo
Intervenção de Dr. Custódio Matos Costa sobre o tema escolhido para o FEJ
Diálogo com os participantes
Lançamento do II CD Ecuménico
13h00 – Almoço
14h30 – Apresentação criativa sobre o tema do encontro
Grupos de Diálogo (com propostas a partir da Charta Oecumenica)
16h00 – Celebração e compromisso final
O Fórum Ecuménico é organizado por:
Departamento Nacional da Pastoral Juvenil / Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil de Viseu (Igreja Católica Romana);
Departamento da Juventude da Igreja Lusitana;
Departamento da Juventude da Igreja Metodista;
Departamento da Juventude da Igreja Presbiteriana
Podes obter alguns materiais no nosso separador Ecumenismo. Para a aula de EMRC alusiva ao tema e para saberes como chegar consulta o site da pastoral juvenil de Viseu em www.mergulha.org
cortesia:http://www.juventude.patriarcado-lisboa.pt/?noticia=92
terça-feira, 26 de outubro de 2010
As propostas do Sínodo
domingo, 24 de outubro de 2010
D. José Policarpo apela ao testemunho dos universitários
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Patriarca convoca vigília contra as “agressões à vida”, no Mosteiro dos Jerónimos
terça-feira, 19 de outubro de 2010
300 dias para a JMJ
Cada vez falta menos e para que a espera se torne mais curta podes ver como ensaiamos o hino da Jornada.
Madrid, 19 de Outubro de 2010- 600, 500, 400, 300 dias … Continua a contagem decrescente até ao maior encontro de jovens do mundo, e com ela prosseguem os seus preparativos. Um desses marcos é o hino da Jornada, cujos ensaios podes ver neste fragmento da gravação orquestral do hino pela Jovem Orquestra da Comunidade de Madrid.
VÍDEO: http://www.youtube.com/watch?v=ID6XTGvv5UA&feature=player_embedded
Também te animamos a que te ponhas em caminho espiritualmente. Há umas semanas, o Papa Bento XVI escreveu-nos uma mensagem convidando-nos para esta grande festa de fé e animando-nos a prepararmo-nos intensamente com a oração para o encontro de Madrid. Ainda não a leste? São pouco mais de 3000 palavras que te darão muitas pistas sobre como progredir na tua vida de fé e preparar-te para a JMJ.
Contudo, não é o único protagonista do número três. Durante a Jornada Mundial haverá mais de 300 sessões de catequese com bispos de todo o mundo, por grupos linguísticos; e 300.000 serão os jovens acolhidos em diferentes províncias espanholas na semana anterior à JMJ. Cidades como Cáceres ou Saragoça estão a 300 quilómetros de Madrid. E a menos de 300 podes encontrar Ávila, Segovia, Teruel, Plasencia, Albacete, Soria, Burgos, Cuenca, Ciudad Real, Toledo, Salamanca, Zamora ou Valladolid: todas elas são províncias de acolhimento para quem aderir ao programa Dias nas Dioceses: http://www.madrid11.com/es/ded-mapa
Estamos à tua espera! Já falta pouco.
Catequese 1: Deus fez-nos capazes de viver com Ele
SÍNTESE DA CATEQUESE:
1. "Pensar no infinito": a abertura ao infinito está inscrita na experiência que o homem faz da vida. A vida e a realidade "abrem" permanentemente o horizonte do homem.2. A vida é este desejo do infinito (chamamos-lhe "pergunta religiosa"): por isso a Tradição da Igreja fala do homem - de todo o homem - como capax Dei.3. O desejo do infinito, que constitui o coração do homem, coloca-o a caminho. As religiões e a inevitável tentação da idolatria dizem com claridade que é inevitável buscar uma resposta à pergunta religiosa.4. O desejo do infinito, quando amadurece, converte-se em súplica ao mesmo infinito para que se manifeste: não somos capazes de satisfazer a nossa sede por nós mesmos, por isso suplicamo-lo5. Neste caminho de desejo e súplica, o cristão é companheiro de todos os homens.
TEXTO:
1 "Pensar no infinito"
«Nunca encontrastes na vossa vida uma mulher que vos tenha enfeitiçado durante um momento e que depois tenha desaparecido? Estas mulheres são como estrelas que passam rápidas nas noites sossegadas de verão. Já encontrastes, alguma vez, na praia, numa estação, numa loja, num comboio, uma dessas mulheres cuja vista é como uma revelação, como um florescimento repentino e potente que surge desde o fundo da vossa alma (.) E será somente um minuto; essa mulher desaparecerá, cairá na vossa alma como um ténue rasgo de luz e bondade; sentireis uma indefinível angústia quando a virdes afastar-se para sempre (.) Eu senti muitas vezes estas tristezas indefiníveis; era jovem, nos verões, ia frequentemente à capital da província e me sentava na praia. Eu via, então, algumas dessas mulheres misteriosas que, como o mar azul que se alargava à minha vista, me fazia pensar no Infinito»
O género literário de Azorín expressa muito eficazmente uma experiência elementar que todo o homem vive. Há circunstâncias que abrem de par em par o coração. Abrem-no no sentido de que fazem presente o seu verdadeiro horizonte, a sua "capacidade do infinito". Há circunstâncias que nos permitem descobrir quem somos, que rompem todas as imagens reduzidas do nosso ser homens, que nos dizem que nada nos basta. São circunstâncias ou experiências que descrevem a verdadeira natureza e estatura da vida, do nosso ser homens. São circunstâncias que, antes de tudo, não dizem "o que nos falta", mas tornam presente a intuição do eterno para o qual somos feitos. Uma pessoa "pensa no infinito" porque a realidade que tem diante de si se abre de par em par, lhe diz que há algo mais e que deve durar para sempre.
Sem dúvida, amar é uma destas experiências. Todo o homem vive a experiência do amor, na sua família, com os seus amigos, encontrando a mulher com que compartirá a sua vida, na virgindade. No rosto da mulher que começamos a amar - o enamoramento é o início de um caminho! - se concentra o nosso desejo de infinito, a intuição de que estamos feitos para o eterno. E também a tristeza ou a angústia que podemos sentir perante a ideia de perder a pessoa que amamos é sinal desta abertura ao infinito.
É uma abertura que pode ser descrita como desejo e como nostalgia, e que nasce das experiências mais verdadeiras da nossa vida: no amor, mas também na percepção da beleza, na paixão pela própria liberdade, na revolta ante a injustiça, no mistério do sofrimento e da dor, na humilhação do mal que alguém faz, na busca apaixonada da verdade, no gozo do bem.
Na experiência que faz da sua própria vida, o homem percebe a presença do infinito. Esse mesmo infinito que se anuncia no mundo. Na imensidade e na beleza esmagadora da criação: desde as montanhas e oceanos até à cadeia genética do ADN! «O mundo e o homem atestam que não têm neles mesmos nem o seu primeiro princípio nem o seu fim último, mas participam d' Aquele que é o Ser em si, sem origem e sem fim».
2. A vida é este desejo
Todos os homens, independentemente da idade, raça ou cultura, experimentam este desejo/intuição do infinito que coincide com a verdade mais "evidente" da vida. Não podemos negá-lo, somos este desejo, o nosso ser mais autêntico é "pensar no infinito"
Este desejo coincide com a vida. Não é algo que surge no coração na primavera ou quando se encontra particularmente melancólico! É simplesmente "a vida".
Por isto, desejar o infinito é desejar a plenitude da vida: não de uma dimensão da vida mas sim da vida com todas as suas letras. Porque este desejo é o fio conduto que dá unidade a cada instante, a cada situação, a cada circunstância da nossa vida. É a cadeia que permite intuir a unidade que existe entre o amor dos teus pais e o teu desejo de construir, entre a raiva perante a injustiça e a compaixão perante a dor, entre o amar e o ser amado e a chamada a ser fecundo. Sem a unidade que engendra este desejo que atravessa cada célula do teu ser, a vida seria uma simples manta de retalhos de feitos e sucessos, uma acumulação de experiências, de tentativas e erros, incapazes de edificar a tua pessoa.
Na linguagem comum, a esta busca do infinito chama-se "pergunta religiosa". Quando se fala de "religião" fala-se precisamente disto: da busca do infinito por parte de todos os homens.
Todo o homem, pelo mero facto de viver, percebe em si este desejo, esta pergunta religiosa - seja ou não seja capaz de expressá-lo - porque a pergunta religiosa é a pergunta sobre a vida e o seu significado. Por isto, todo o homem, independentemente da resposta que dê a esta pergunta, é "religioso". Não pode deixar de sê-lo, não pode arrancar-se do coração o "pensamento do infinito".
A tradição cristã descreveu esta realidade falando do homem como capax Dei: o homem, criado à imagem e semelhança de Deus, é capaz de Deus, deseja-o e pode encontrá-lo. «A santa Igreja, nossa mãe, mantém e ensina que Deus, princípio e fim de todas as coisas, pode ser conhecido com certeza mediante a luz natural da razão humana a partir das coisas criadas (Vaticano I: DS 3004; cf. 3026; Vaticano II, DV 6). Sem esta capacidade, o homem não poderia acolher a revelação de Deus. O homem tem esta capacidade porque foi criado "à imagem de Deus" (cf. Gn 1,26)»
O salmista expressou-o com grande beleza usando a imagem da sede: "Ó Deus, Tu és o meu Deus! Anseio por ti! A minha alma tem sede de ti; todo o meu ser anseia por ti,como terra árida, exausta e sem água." (Sl 62)
3. O caminho
Uma pergunta, uma intuição abre um caminho. O homem, que pensa no infinito, põe-se em marcha. A intuição do infinito é o motor da vida, a razão pela qual o homem ama e trabalha.
Começa para o homem a apaixonante aventura de buscar o infinito, de conhecer o seu rosto. Trata-se de uma aventura na qual estamos todos implicados. Não é algo reservado a temperamentos particularmente "religiosos".
É possível reconhecer o caminho do homem na busca do rosto do infinito em dois factos que estão ao alcance de todos.O primeiro é a constatação da existência das religiões. Hoje, mais do que no passado, somos testemunhas da pluralidade de experiências religiosas que os homens vivem. Quando tudo parecia anunciar uma sociedade sem Deus, movimentos e seitas religiosas, de índole muito variada, invadiram o Ocidente e começam a compartir o cenário social junto às religiões estabelecidas. São expressões concretas, históricas da busca do infinito e, neste sentido, ajudam a razão e a liberdade do homem a não se fecharem no seu horizonte próprio, a não se reduzir ao espaço opressivo do finito. Assim ensina o Concílio Vaticano II: Os homens esperam das diversas religiões resposta para os enigmas da condição humana, os quais, hoje como ontem, profundamente preocupam seus corações: que é o homem? Qual o sentido e finalidade da vida? Que é o pecado? Donde provém o sofrimento, e para que serve? Qual o caminho para alcançar a felicidade verdadeira? Que é a morte, o juízo e a retribuição depois da morte? Finalmente, que mistério último e inefável envolve a nossa existência, do qual vimos e para onde vamos?
Conviver com pessoas de outras religiões é a ocasião para reconhecer a identidade do desejo e das perguntas que constituem o seu coração e também o nosso. O que poderia parecer à primeira vista como uma dificuldade, pois a multiplicidade de respostas pode gerar confusão, também é uma ocasião privilegiada para reconhecer a unidade entre todos os homens. As respostas que se oferecem são muitas, é verdade, mas a pergunta é só uma.
Em segundo lugar, podemos reconhecer a nossa busca do infinito numa experiência que todos fizemos: a identificação do infinito com algo concreto. Pode ser a namorada, a carreira profissional, o êxito económico, a paixão pelo poder. Quantas vezes identificámos o infinito que intuímos com algo particular! Qual foi o resultado? A desilusão. Na nossa busca do infinito chegámos a uma momento no qual nos detivemos e acreditámos poder identificá-lo com algo à nossa medida.
Chama-se "idolatria" e é uma tentação que vive cada homem na primeira pessoa. Em vez de reconhecer que a mulher suscitou em nós o pensamento do infinito, é sinal do infinito, esperamos dela que cumpra com plenitude o desejo que suscitou. Quando o sinal deixa de ser reconhecido como tal e se confunde com a plenitude a que remete, então se converte num ídolo. Mas os ídolos, sabemos por experiência, defraudam-nos.
O salmista identificou com grande precisão a tragédia da idolatria. É a tragédia de uma promessa incumprida. Parece que podem responder e, contudo, são incapazes de todo: «Os ídolos dos pagãos são ouro e prata, obra das mãos dos homens: têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não vêem; têm ouvidos, mas não ouvem, e nariz, mas não cheiram; têm mãos, mas não apalpam, e pés, mas não andam, nem da sua garganta emitem qualquer som. Sejam como eles os que os fabricam e todos os que neles confiam.» (Sl 113)
«Obra das mãos dos homens»: com poucas palavras o salmista identifica a raiz da incapacidade dos ídolos para responder ao nosso desejo do infinito. Um ídolo é fruto das minhas mãos; tem, por assim dizer, as minhas mesmas dimensões: é finito. Por isto não poderá nunca responder adequadamente ao desejo que constitui a minha vida.
A multiplicidade de respostas - as religiões - à única questão e a incapacidade dos ídolos, na hora de cumprir o desejo do infinito, põem manifestamente, de maneira todavia mais urgente, a "exigência" de uma resposta definitiva. Um homem que viva seriamente a sua própria vida, que não censure a intuição do infinito que descreve quem é, não se pode dar por vencido.
4. Ao nosso encontro
Se dar-se por vencido é abandonar a aventura da vida, o que fazer? Como pode o homem perseverar no caminho do desejo? Como pode não se deter em respostas insuficientes?
Não é possível pensar que a imagem da nossa vida seja o mito de Sísifo, condenado a começar sempre de novo a tarefa sem encontrar jamais cumprimento nem descanso.
A vida é este desejo e, contudo, todas as nossas tentativas para satisfazê-lo parecem vãs. As nossas tentativas, não a possibilidade do cumprimento.
De facto, o nosso desejo seria vão, seria absurdo, se estivesse destinado a ficar eternamente insatisfeito. Mas isto não quer dizer que sejamos nós a satisfazê-lo. Somos "capazes" de ser satisfeitos, não de nos satisfazermos a nós próprios.A sede que seca a garganta do homem diz que este é capaz de beber, mão que ele mesmo seja a fonte fresca e cristalina que pode sacia-lo. Assim, o homem é capaz do infinito, capax Dei, porque pode acolhê-lo se este sai ao seu encontro e não porque se possa construir por si mesmo o infinito que anseia.
Quando o homem se reconhece capax Dei, o seu desejo, a sua nostalgia, o seu anseio, são abraçados pela sua liberdade e convertem-se em súplica. E nesta súplica, o homem adquire a sua verdadeira estatura. «Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus» (Mt 5,3)
A pobreza de espírito que bendiz Jesus nas bem-aventuranças, e cuja expressão mais eloquente é a prece, a súplica, constitui a plenitude da experiência humana. É o momento no qual o coração do homem diz ao Infinito que intuiu: "vem, manifesta-te!". Cada fibra do ser do homem espera e deseja, pede e suplica que o infinito saia ao seu encontro. Quer conhecer o seu rosto e pede-lhe: «buscarei o teu rosto, Senhor, não me escondas o teu rosto» (Sl 26)
E Deus não deixou sem resposta a súplica do homem: «Mediante a razão natural, o homem pode conhecer a Deus com certeza a partir das suas obras. Mas existe outra ordem de conhecimento que o homem não pode de nenhum modo alcançar pelas suas próprias forças, a da Revelação divina (cf. Vaticano I: DS 3015). Por uma decisão inteiramente livre, Deus revela-se e dá-se ao homem. Fá-lo revelando o seu mistério, o seu desígnio benevolente que estabeleceu desde a eternidade em Cristo, em favor de todos os homens. Revela plenamente o seu desígnio enviando o seu Filho amado, nosso Senhor Jesus Cristo, e ao Espírito Santo».
As orações dos salmos, os textos da Eucaristia, o tempo do Advento, toda a liturgia da Igreja são uma educação permanente a viver de maneira consciente e cada dia mais disponível esta súplica ao Senhor.
Pela manhã, no início do dia, na oração de laudes, as primeiras palavras que a Igreja nos faz recitar são: «Deus vinde em nosso auxílio. Senhor socorrei-nos e salvai-nos». Deste modo, educa-nos e nos ajuda a compreender que o desejo está chamado a converter-se em súplica.
5. Companheiros de caminho de todos os homens
Nesta súplica todos os homens se percebem companheiros de caminho.
Reconhecer o desejo do infinito que constitui o coração de cada homem permite-nos dar-nos conta da unidade que existe entre nós.
As expressões deste desejo podem ser muito diferentes. Algumas delas podem resultar duras, ofensivas e violentas. E, ainda assim, são expressões da mesma busca que vive no nosso coração.
Quem se reconhece em busca sabe que está próximo de todo o homem: nada nem ninguém lhe é estranho. Para a Igreja não há "distantes: porque todos os homens vivem, perguntam-se e desejam. Todos buscam.
Por isso, o cristão não teme falar da sua busca com todos. Inclusive com aqueles que se riem dele, que o chamam sonhador ou visionário.
Uma simpatia imensa por todo o homem o acompanha quotidianamente. A arte, a literatura, a música, tudo o que expressa o génio do homem é, para quem busca, ocasião de reconhecer de novo o desejo que o constitui.
Se alguém tenta discutir este assunto com os seus colegas de turma, dar-se-á conta que é verdade.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Dia de S. Lucas
Chamado por Paulo de "O Médico Amado"(Colossenses 4:14), pode ter sido um dos cristãos do primeiro século que conviveu pessoalmente com os doze apóstolos.
A primeira referência a Lucas encontra-se na Epístola a Filemon de Paulo de Tarso, no versículo 24. É mencionado também na epístola aos Colossenses, 4:14 , bem como na segunda epístola a Timóteo 4:11. A segunda menção mais antiga a Lucas encontra-se no "Prólogo Anti-Marcionita ao Evangelho de São Lucas", um documento que já foi datado do século II, mas que recentemente já é considerado como do século IV. Contudo, Helmut Koester defende que o seguinte excerto – a única parte preservada do documento original, em grego – pode ter sido escrito, realmente no século II:
Lucas é um Sírio de Antioquia, sírio pela raça, médico de profissão. Tornou-se discípulo dos apóstolos e mais tarde seguiu a Paulo até ao seu martírio. Tendo servido o Senhor com perseverança, solteiro e sem filhos, cheio da graça do Espírito Santo, morreu com 84 anos de idade.
Alguns manuscritos referem que Lucas morreu "em Tebas, capital da Beócia". Todas estas referências parecem indicar que Lucas terá, de facto, seguido Paulo durante algum tempo.
Tradições mais tardias desenvolveram-se a partir daqui. Epifânio assegura que Lucas era um dos Setenta (Panerion 51.11), e João Crisóstomo refere que o "irmão" referido por Paulo na segunda epístola aos Coríntios, 8:18 ou é Lucas ou é Barnabé. J. Wenham assevera que Lucas era "um dos Setenta, um dos discípulos de Emaús, parente de Paulo e de Lúcio de Cirene." Nem todos os académicos têm tanta certeza disso quanto Wenham.
Outra tradição cristã defende que foi o primeiro iconógrafo, e que terá pintado a Virgem Maria, Pedro e Paulo. É por isso que mais tarde, as guildas medievais de São Lucas, na Flandres, ou a Accademia di San Luca ("Academia de São Lucas") em Roma - associações imitadas noutras cidades europeias durante o século XVI - reuniam e protegiam os pintores.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Encontro Geral de Animadores
domingo, 3 de outubro de 2010
Site das JMJ Madrid 2011
Para estares sempre informado sobre as novidades das JMJ, esta é a página oficial do Departamento da Juventude: http://www.lisboajmjmadrid.com/
Mensagem do Papa para as JMJ 2011 em Madrid
http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/messages/youth/documents/hf_ben-xvi_mes_20100806_youth_po.html